Paulo Moura - 28/02/2022 14h17 | atualizado em 02/03/2022 17h42

O encontro em Belarus entre as delegações da Rússia e da Ucrânia, nesta segunda-feira (28), para negociar um cessar-fogo na guerra entre os dois países, terminou após cinco horas de reunião. Apesar de nenhum acordo ter sido anunciado, a agência russa RIA Novosti afirmou que as partes concordaram em ter uma nova rodada de negociação.

De acordo com a agência, o assessor presidencial da Rússia, Vladimir Medinsky, afirmou que os participantes passaram por toda a agenda em detalhes e encontraram pontos em relação aos quais é possível prever posições em comum.

Medinsky ainda acrescentou que uma nova reunião acontecerá nos próximos dias.

– Até lá [a próxima reunião], cada uma das delegações, a liderança de cada uma das delegações, consultará todas as posições de negociação com a liderança do [seu] país – disse Medinsky.

Do lado ucraniano, o chefe de gabinete do presidente da Ucrânia, Mykhailo Podolyak, disse que as partes identificaram temas prioritários sobre os quais deliberaram soluções específicas e afirmou que esses temas serão desenvolvidos na segunda rodada de negociações.

Da comitiva russa fazem parte, além de Medinsky, o vice-ministro das Relações Exteriores, Andrey Rudenko; o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin; e o presidente do Comitê de Assuntos Internacionais da Duma (equivalente à Câmara dos Deputados), Leonid Slutsky.

Na delegação ucraniana, além de Podolyak, estão o ministro da Defesa, Alexey Reznikov; o chefe do partido Servo do Povo, David Arakhamiya; o primeiro vice-chefe da delegação ucraniana no Grupo de Contato para resolver a situação em Donbass, Andrey Kostin; o parlamentar Rustem Umerov; e o vice-ministro das Relações Exteriores, Nikolay Tochitsky.

Leia também1 EUA e aliados avaliam liberar reserva emergencial de petróleo
2 ONU fala em "tragédia" na Ucrânia e clama por cessar-fogo
3 Moeda russa se desvaloriza, e russos fazem filas nos bancos
4 Airbnb vai oferecer 100 mil abrigos a refugiados da Ucrânia
5 Rússia fecha espaço aéreo para 36 países, maioria da Europa