Repórter é morta em operação israelense na Cisjordânia
Shireen Abu Aqleh, do canal Al Jazeera, foi atingida por tiros
Thamirys Andrade - 11/05/2022 16h38 | atualizado em 11/05/2022 16h54
A repórter Shireen Abu Aqleh, do canal Al Jazeera, morreu enquanto trabalhava nesta quarta-feira (11). Ela cobria uma operação do exército israelense no campo de refugiados palestinos de Jenin, na Cisjordânia, quando foi atingida por tiros. Um colega de profissão da jornalista, o produtor Ali Al Samudi, ficou ferido no mesmo incidente.
A emissora acusa as forças de Israel de ser responsável pelos disparos, assassinando Shireen “deliberadamente e a sangue frio”. O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, por outro lado, nega que o exército tenha aberto fogo contra os profissionais de imprensa e diz que a correspondente provavelmente foi atingida por tiros palestinos.
A outra vítima, Ali Al Samudi, endossou a versão veiculada pela Al Jazeera.
– Estávamos indo cobrir a operação do exército quando eles abriram fogo contra nós. (…) Uma bala me atingiu. A segunda atingiu Shireen – relatou.
Shireen Abu Aqleh tinha 51 anos, era palestina-americana e adepta da religião cristã.
Um comandante militar israelense disse à agência de notícias France-Presse (AFP) que o exército “certamente não ataca jornalistas”. A entidade cita uma troca de tiros entre suspeitos e as forças de segurança e afirma estar “investigando o fato e a possibilidade” de a imprensa ter sido atacada “por palestinos armados”.
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