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Relembre grandes incêndios florestais ao redor do mundo

Califórnia, Portugal, Austrália e França foram alguns locais atingidos

Rafael Ramos - 27/08/2019 20h49 | atualizado em 23/09/2022 11h20

O caso das queimadas na Floresta Amazônica ganhou repercussão internacional e ultrapassou a linha da questão ambiental. Países vizinhos, como Argentina, Uruguai, Peru e Bolívia, têm sentido o reflexo das queimadas. O assunto foi levantado pelo presidente francês Emmanuel Macron, durante a reunião da cúpula do G7, e alimentou uma troca de farpas com o presidente Jair Bolsonaro.

Por meio de um comunicado, o líder da França ameaçou vetar o acordo entre União Europeia e Mercosul. Macron também acusou Bolsonaro de não respeitar seus compromissos climáticos nem se comprometer com a biodiversidade como acertado na reunião do G20, em Osaka.

De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 2019, houve um aumento de 82% nas queimadas no Brasil no período entre janeiro e meados de agosto. O Instituto constatou 72.843 focos de incêndio, sendo que a área desmatada na Amazônia brasileira equivale a mais de um terço de todo o volume desmatado nos últimos 12 meses.

Assim como na Amazônia, outros incêndios florestais também ganharam repercussão por parte da mídia e preocuparam as populações ao redor do globo. Relembre alguns deles na lista montada pelo Pleno.News.

FRANÇA (2019)
Pelo menos, 10 mil pessoas foram atingidas no sul da França, onde uma grave onda de incêndios florestais destruiu mais de 4 mil hectares. Centenas de bombeiros atuaram no combate às chamas com o apoio da Itália. Em La Croix Valmer, o fogo provocou uma catástrofe enquanto casas ficaram sob ameaça no norte da Córsega. A causa dos incêndios ainda é desconhecida, mas a seca e as condições de vento foram apontadas como principais causas do alastramento das chamas.

ÁFRICA (2019)
Em resposta ao presidente Emmanuel Macron, o ministro Ricardo Salles questionou as medidas que serão tomadas pela França em relação aos incêndios na África. Quase 7 mil incêndios foram registrados em Angola e mais de 3 mil na República Democrática do Congo. Também foram identificados focos em Zâmbia.

ILHAS CANÁRIAS (2019)
Cerca de mil moradores de vários bairros situados na parte alta do arquipélago espanhol precisaram deixar suas casas em agosto deste ano. O fogo foi causado acidentalmente por um homem de 55 anos, que usava uma máquina de solda em um terreno aberto de vegetação rasteira. Mais de 1 mil hectares foram consumidos pelas chamas. A emergência foi elevada ao nível 2, devido a uma série de focos secundários e a reativação das chamas em algumas florestas.

Incêndio florestal destruiu casas na Califórnia Foto: EFE/Peter Dasilva

CALIFÓRNIA (2018)
Um incêndio de grandes proporções atingiu o norte do estado americano em novembro de 2018. Os ventos fortes e a baixa umidade colaboraram para que as chamas se espalhassem rapidamente, obrigando 40 mil pessoas, dentre elas alguns famosos como Lady Gaga e Will Smith, a deixarem suas casas. Identificado como Camp Fire, o incêndio durou mais de duas semanas e destruiu mais de 14 mil edifícios e cerca de 61,9 mil hectares.

PORTUGAL (2017)
Mais de 250 pessoas ficaram feridas e 64 morreram em um gigantesco incêndio florestal no centro do país. O fogo se alastrou por várias regiões vizinhas e muitos morreram dentro dos carros cercados pelas chamas. Em menos de uma semana, as queimadas consumiram mais de 46 mil hectares de florestas. Em 2005, o país enfrentou um incêndio ainda maior que devastou 425 mil hectares e deixou 20 mortos por causa do forte calor.

RÚSSIA (2010/2019)
Mais de 2 milhões de hectares foram destruídos pelos incêndios florestais na Rússia em julho deste ano. Apesar disso, a Agência Federal de Florestas revelou que a superfície queimada é duas vezes menor do que no ano passado. O presidente russo Vladimir Putin ordenou o Exército para ajudar os bombeiros a controlar as chamas que também atingiriam a Sibéria.

Em 2010, as queimadas atingiram as regiões contaminadas pela catástrofe nuclear de Chernobyl. Seis incêndios foram registrados próximo à região de Bryansk, mas não houve aumento dos níveis de radiação.

AUSTRÁLIA (2009)
Conhecidos como Queimadas do Sábado Negro, os incêndios que assolaram o sudeste do país mataram 209 pessoas. A temperatura chegou a quase 50 ºC no estado de Victoria. O fogo se alastrou por mais de 12 mil hectares de florestas, plantações e cidades destruindo mais de 700 casas. A polícia australiana apontou na época que cerca de 400 focos eram de origem criminosa e trataram algumas regiões como cena de crime.

GRÉCIA (2007/2018)
Mais de 70 pessoas morreram enquanto tentavam fugir em meio ao pânico geral causado por incêndios florestais ao sul e nordeste da Grécia. A polícia prendeu 32 suspeitos de terem causados os incêndios que ameaçaram até o templo ao deus Apolo e as ruínas de Olímpia, considerados patrimônio histórico da humanidade. Onze anos depois, o país voltou a ser assolado por incêndios e, dessa vez, deixou 74 mortes e 187 feridos, sendo considerado o pior em mais de uma década.

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