RD Congo declara fim do surto de ebola no noroeste do país
Segundo governo, há 42 dias não houve qualquer novo caso nas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri
Pleno.News - 25/06/2020 14h40 | atualizado em 25/06/2020 14h42
O governo da República Democrática do Congo declarou, nesta quinta-feira (25), o fim do surto de ebola que assolava o Noroeste do país desde agosto de 2018, deixando saldo de 2.280 mortos, entre 3.463 infectados.
– A vitória sobre essa longa epidemia também se deve ao resultado da cooperação internacional, através de nossos parceiros – afirmou o ministro da Saúde local, Eteni Longondo, em entrevista coletiva.
De acordo com as informações apresentadas nesta quinta pelo governo, há 42 dias (período duas vezes maior que o de incubação do vírus) não houve qualquer novo caso nas províncias de Kivu do Norte, Kivu do Sul e Ituri.
O escritório da Organização Mundial de Saúde (OMS), na República Democrática do Congo, divulgou uma mensagem nas redes sociais sobre a confirmação da erradicação do vírus no noroeste do território.
– Parabéns ao governo, ao Ministério da Saúde e ao povo da RDCC por essa vitória contra um dos surtos de ebola mais longos e mais mortais da história – destacou o texto.
Declarado em 1º de agosto de 2018, o surto foi o primeiro ocorrido em uma zona de conflito, como o noroeste da RDC, o que complicou a resposta das autoridades contra a doença.
The 10th #Ebola outbreak in #DRC was declared over today! Here is a look back over the journey to bring this epidemic to an end since it first began almost 2 years ago. pic.twitter.com/gsl13tJWOC
— WHO African Region (@WHOAFRO) June 25, 2020
Além disso, a propagação aconteceu próxima a grandes centros urbanos, marcada por “zonas vermelhas”, que eram diversas regiões com dificuldades de acesso, por causa da presença de grupos armados.
Mundialmente, este foi o segundo pior surto de ebola da história do continente, depois da que atingiu a África Ocidental, entre 2014 e 2016, em que morreram 11,3 mil pessoas, em 28,5 mil casos. A OMS, no entanto, admitiu que os números podem ser conservadores.
*Com informações da Agência EFE
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