Propaganda norte-coreana faz pedido pelo avanço da paz
Agência de notícias local cobrou medidas dos EUA para que a C. do Norte avance com desnuclearização
Jade Nunes - 14/08/2018 10h15 | atualizado em 14/08/2018 10h16

A propaganda da Coreia de Norte reiterou, nesta terça-feira (14), o seu chamado para assinar um acordo de paz que ponha fim à Guerra da Coreia (1950-53), que foi encerrada com um armistício, mas sem um tratado definitivo, com o argumento de que a confiança mútua é necessária para avançar em sua desnuclearização.
O semanário norte-coreano Tongil Sinbo, um dos veículos de imprensa que funciona como uma espécie de porta-voz extraoficial do regime, disse em sua última edição, que foi repercutida pela agência de notícias sul-coreana Yonhap, que não é possível esperar um progresso maior em sua desnuclearização se os Estados Unidos não tomarem medidas simultâneas, como a declaração do fim da guerra.
O meio norte-coreano expôs em um comentário divulgado nesta segunda-feira (13) que “houve um grande avanço nas relações do Norte com o Sul e os Estados Unidos, mas o fim da Guerra da Coreia continua sendo uma tarefa não resolvida”.
– Os Estados Unidos, como parte responsável na declaração do fim da guerra para estabelecer uma paz permanente na Península da Coreia, deve tomar medidas práticas para implementar o acordo da cúpula Norte-EUA de 12 de junho em Singapura – segundo a publicação norte-coreana.
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump, reafirmaram em seu histórico encontro o compromisso de trabalhar pela “completa desnuclearização” da Coreia e conseguir um acordo de paz definitivo, que já foi assinado por Kim e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, em sua cúpula anterior no fim de abril.
O Tongil Sinbo também advertiu que “não se pode esperar um bom desenvolvimento das relações intercoreanas se o Sul seguir cegamente a política de hostilidade para o Norte das forças estrangeiras”.
Com um argumento similar, o portal Meari, um site que o regime norte-coreano também utiliza como porta-voz extraoficial, disse que a construção de confiança mútua é fundamental para revitalizar o diálogo entre Pyongyang e Washington, e atribuiu seu “lento progresso” às “exigências unilaterais e à hostilidade dos Estados Unidos”.
*Com informações da Agência EFE
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