Jade Nunes - 19/01/2018 09h06

Após o mundo ficar chocado com o casal americano que mantinha os 13 filhos em cárcere privado, na Califórnia, Estados Unidos (EUA), detalhes sobre a história começam a vir à tona. Nesta quinta-feira (18), o promotor do distrito de Riverside, Mike Hestrin, fez uma coletiva de imprensa e falou sobre as acusações contra David e Louise Turpin, 57 e 49 anos, respectivamente.

De acordo com Hestrin, a família vivia à noite e dormia por toda a manhã. Eles costumavam deitar às 5h ou 6h. Os filhos, que têm entre 2 e 29 anos, só podiam tomar banho uma vez ao ano. Se lavassem as mãos acima dos pulsos, eram punidos por desperdiçar água.

Entre as formas de punição estavam surras e estrangulamento e amarrá-los aos móveis. No começo, os pais usavam cordas. Mudaram para correntes e cadeados depois que um conseguiu fugir.

Outro detalhe que chamou a atenção da polícia é que os filhos não têm conhecimento básico sobre a vida. Algumas das crianças não sabiam o que era um policial. Outra disse não saber o que era um remédio quando um dos agentes perguntou se havia algum pela casa.

Sabe-se que Louise Turpin era dona de casa, mas o promotor não especificou qual a profissão do pai. Na terça-feira (16), o The New York Times informou que o homem trabalhava como um empreiteiro para empresas de defesa e ganhava 140.000 dólares por ano. A família possuía quatro carros.

– Esse é um comportamento depravado. Como promotor, há casos que nos afetam e atormentam. Às vezes você vê pura depravação humana. É o que estamos vendo aqui – declarou Hestrin durante a coletiva.

A promotoria acredita que os maus tratos aconteciam há anos. Os dois responderão a 12 acusações de tortura e 12 de sequestro (não 13 porque o bebê de 2 anos aparentava estar bem). O pai também responderá a acusação de abuso sexual sobre uma das meninas. Caso sejam condenados, cada um pode pegar 94 anos de prisão ou perpétua.

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