Henrique Gimenes - 02/07/2017 17h35

Segundo Procuradoria da Audiência Nacional de Madri, na Espanha, o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, “apropriou-se” de dinheiro da confederação e da seleção brasileira. A acusação está em matéria do Estadão deste domingo (2), que obteve documentos do órgão. Teixeira é investigado na Espanha por associação com o ex-presidente do Barcelona, Sandro Rosell, preso acusado de formar “organização criminosa internacional”.

O documento foi produzido depois que a Justiça do país ouviu Rosell e outros suspeitos detidos. Segundo a matéria, o ex-presidente da CBF é suspeito de ter usado empresas de fachada e contas em paraísos fiscais para desviar pelo menos € 8,4 milhões da seleção brasileira e lavar dinheiro. Ele ainda movimentou mais de € 24 milhões de origem suspeita através de contas secretas. No texto, os investigadores detalham o desvio da renda de amistosos da seleção brasileira.

De acordo com o órgão, Sandro Rosell teria uma empresa, a Uptrend, com contratos assinados para receber dinheiro de cada amistoso da seleção brasileira sem nenhuma prestação de serviço. Desde a prisão de Sandro Rosell, a defesa de Ricardo Teixeira tem negado qualquer tipo de irregularidade.