Procuradora-geral dos EUA pede pena de morte para Mangione
Pamela Bondi afirmou que gestão Trump quer "tornar a América segura novamente"
Thamirys Andrade - 01/04/2025 16h54 | atualizado em 01/04/2025 17h54

Acusado de assassinar o CEO da seguradora de saúde UnitedHealth, o jovem Luigi Mangione, de 26 anos, corre o risco de ser condenado à morte. Nesta terça-feira (1°), a procuradora-geral dos Estados Unidos, Pamela Bondi, determinou que promotores federais peçam a execução do suspeito.
Como argumento, Pamela afirmou que a pena capital para Mangione segue a linha da gestão do presidente Donald Trump, que visa tratar criminosos com rigor a fim de “impedir crimes violentos e tornar a América segura novamente”.
A procuradora-geral também apontou que a vítima, Brian Thompson, era um “homem inocente e pai de duas crianças pequenas”, que o crime “foi premeditado e chocou a América”.
Thompson foi morto a tiros no dia 4 de dezembro do último ano, em plena Sexta Avenida, em Nova Iorque. Na ocasião, ele foi baleado no peito, por volta das 6h45 da manhã.
Mangione foi indicado como suspeito ao apresentar o mesmo documento de identidade falsa usado para fazer check-in em um hostel de Nova Iorque antes do crime. Ele também portava arma similar à utilizada no homicídio, e tinha um caderno no qual expressava, em três páginas, seu ódio ao setor de seguros de saúde e executivos ricos.
Segundo pessoas próximas a ele, o jovem sofria de uma lesão na coluna “que mudou sua vida, alterou seu modo de viver”. Trata-se de uma doença ortopédica chamada espondilolistese, também conhecida como escorregamento vertebral. Essa condição ocorre quando uma das vértebras da coluna desliza sobre a outra.
– Parece que ele teve um acidente que o levou à emergência em julho de 2023, e foi uma lesão que mudou sua vida. Ele postou radiografias de parafusos inseridos em sua coluna vertebral. Portanto, a lesão que sofreu mudou sua vida, alterou seu modo de viver, e isso pode tê-lo colocado nesse caminho – declarou o chefe de detetives do Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD), Joseph Kenny, em entrevista à NBC New York.
Preso desde dezembro, Magione foi indiciado, mas se declarou inocente das acusações em audiência ocorrida em um tribunal estadual de Manhattan, em Nova Iorque. Seus advogados, Karen Friedman Agnifilo e Marc Agnifilo, alegam que seu cliente não está tendo um “julgamento justo” e que está sendo tratado como uma “bola de pingue-pongue humana” pelas autoridades.
Na prisão, o suspeito recebeu recebeu dezenas de cartas e depósitos de admiradores, segundo informou o jornal New York Post. A imagem do rapaz atraiu enorme atenção da mídia e despertou admiradores que o retratam como uma espécie de justiceiro contra o mundo das seguradoras e exaltam sua beleza.
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