Príncipe William pede por paz no Muro das Lamentações
Viagem de três dias a Israel e Palestina foi encerrada nesta quinta-feira
Jade Nunes - 28/06/2018 10h33 | atualizado em 28/06/2018 15h16
O príncipe William finalizou nesta quinta-feira (28) sua viagem de três dias a Israel e Palestina com uma visita ao Monte das Oliveiras e à Cidade Antiga, no território ocupado de Jerusalém Leste, e os locais sagrados das três religiões: o cristianismo, o judaísmo e o islamismo.
As imagens no interior do Domo da Rocha, situado na Esplanada das Mesquitas, diante do Muro das Lamentações e vestindo um kipá (adorno judeu) e junto à tumba de Jesus Cristo, na Basílica do Santo Sepulcro, ilustraram o último dia da visita do duque de Cambridge na região.
William começou a jornada no Monte das Oliveiras, desde onde avistou as muralhas de cidade antiga e visitou a Igreja de Santa Maria Madalena, onde está enterrada sua bisavó, a princesa Alice de Battenberg, reconhecida pelo Museu do Holocausto como Justa entre as Nações por ajudar a salvar uma família judia na Grécia.
O príncipe colocou um ramo de flores sobre o túmulo e conversou com o sacerdote chefe da missão religiosa que administra o local sagrado – pertencente à Igreja Russa Ortodoxa – sobre as conexões de sua família com o templo.
Posteriormente, visitou a Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado para o Islã, que abriga o Domo da Rocha e a mesquita de Al-Aqsa, onde foi recebido por representantes do Waqf, a instituição religiosa jordaniana que o administra.
De lá, William se dirigiu ao Muro das Lamentações. O príncipe tocou o muro com as mãos e deixou um pedido entre as suas paredes, segundo estabelece a tradição, e desejou no livro de visitas que “Deus abençoe esta região e todo o mundo com paz”, reportou o jornal local Times of Israel.
A última parada na Cidade Antiga foi no Santo Sepulcro, onde foi recebido pelos líderes religiosos das igrejas com representatividade no templo: católica, greco-ortodoxa e armênia.
Após sua passagem pelos locais sagrados das três religiões, o neto da rainha Elizabeth II e segundo na linha sucessória ao trono britânico deixou a Cidade Antiga de Jerusalém.
Willian não se reuniu com o prefeito da cidade, Nir Barkat, e sua visita ao lado oriental foi incluída na agenda da Casa Real como parte de sua passagem por “territórios palestinos ocupados”, tal como a comunidade internacional considera essa parte de Jerusalém, em contradição com a visão de Israel, que anexou em 1980 essa parte da cidade, ocupada desde 1967, e a considera território soberano.
*Com informações da Agência EFE
Leia também1 Em Israel, príncipe William visita o Museu do Holocausto
2 Em viagem histórica, príncipe William vai a Israel
3 Quase 50 jornalistas já foram assassinados em 2018