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Presidente de Portugal sugere desculpas pela escravidão

Esta é a primeira vez que uma autoridade portuguesa aborda uma possível retratação de Lisboa

Pleno.News - 26/04/2023 15h54 | atualizado em 26/04/2023 18h20

Presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa Foto: EFE/EPA/ESTELA SILVA

O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou, nesta terça-feira (25), que seu país deveria pedir desculpas e assumir um papel de maior responsabilidade pelo comércio de escravos. Esta é a primeira vez que uma autoridade portuguesa aborda uma possível retratação de Lisboa.

Rebelo de Sousa falou sobre o assunto durante a comemoração anual da Revolução dos Cravos, que derrubou a ditadura portuguesa em 1974.

– Pedir desculpas às vezes é a coisa mais fácil de fazer. Você pede desculpas, vira as costas e o trabalho está feito – apontou o presidente.

O político também destacou que Portugal deveria assumir a responsabilidade para a construção de um futuro melhor.

Apesar de defender uma retratação de Portugal, o presidente do país também afirmou que a colonização do Brasil teve impactos positivos como a difusão da língua portuguesa.

– Mas, do lado ruim, a exploração dos povos indígenas, a escravidão, o sacrifício dos interesses do Brasil e dos brasileiros – disse.

Até este momento, autoridades portuguesas comentaram raramente sobre o passado colonial do país em territórios de Brasil, Angola, Cabo Verde, Timor-Leste, Índia e Moçambique.

De acordo com o Banco de Dados do Comércio Transatlântico de Escravos, cerca de 4,86 milhões de escravos vieram para o território brasileiro entre os séculos 15 e 19.

CONSELHO DA EUROPA
Em um relatório do Conselho da Europa de março de 2021, a principal instituição de direitos humanos do continente europeu aponta que Lisboa precisa de mais ações afirmativas para confrontar o seu passado colonial e o seu papel no tráfico de escravos, com o objetivo de combater o racismo e a discriminação.

O relatório foi assinado pela comissária para os Direitos Humanos da instituição, Dunja Mijatovic, que reforçou a sua preocupação com o aumento de crimes de ódio com motivação racial em Portugal.

*AE

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