Presidente afegão teria roubado R$ 902 milhões do país em fuga
Ghani nega as acusações, que partiram do embaixador do país no Tadjiquistão
Thamirys Andrade - 18/08/2021 16h22 | atualizado em 18/08/2021 17h04
O presidente afegão Ashraf Ghani foi acusado, pelo embaixador Muhammad Zahir Agbar, de ter roubado 169 milhões de dólares (cerca de R$ 902 milhões) do tesouro nacional durante sua fuga do grupo islâmico Talibã, no domingo (15).
O diplomata do país no Tadjiquistão também chamou o presidente afegão deposto de “traidor” e declarou reconhecer o vice-presidente Amrullah Saleh como líder do Afeganistão, visto que a Constituição do país transfere o poder do país ao vice em caso de ausência, fuga ou morte do chefe do Executivo.
Segundo a agência EFE, Ghani negou as acusações de corrupção e se defendeu dizendo que deixou o país a fim de evitar um “derramamento de sangue na capital”.
– Se eu ficasse, teria testemunhado um derramamento de sangue em Cabul. Minha missão era que, por ânsia de poder, Cabul não se tornasse outro Iêmen ou uma nova Síria – afirmou em sua primeira declaração pública desde a fuga.
Ghani também confirmou que está nos Emirados Árabes, depois que sua presença foi especulada no Tadjiquistão, no Uzbequistão e em Omã.
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