Leia também:
X Pessoas abandonam ilhas do Caribe que podem desaparecer

Por que a Catalunha quer se separar da Espanha? Entenda

Referendo para decidir rumos da independência catalã será neste domingo

Gabriela Doria - 29/09/2017 17h52 | atualizado em 29/09/2017 18h04

A Espanha se encontra às vésperas de um referendo popular, neste domingo (1º), que vai definir se a Catalunha, região autônoma do país, continuará fazendo parte da federação. A Catalunha, cuja capital é Barcelona, historicamente reivindica a separação da Espanha. Embora esteja dentro de seu território, a região possui significativas diferenças culturais, políticas, econômicas e sociais em relação ao país. Afinal, o que motiva a busca pela independência ? O Pleno.News destacou alguns pontos defendidos pelos separatistas.

Manifestação pró-independência da Catalunha Foto: Wikimedia/Jessica Mouzo

Autonomia política
Apesar de estar sujeita às decisões políticas do reino da Espanha, a Catalunha possui seu próprio governo regional, o Generalitat. Gozando de certa autonomia política frente à monarquia espanhola, a Catalunha também tem suas próprias instituições, como a polícia (os Mossos d’Esquadra) e a Suprema Corte. A discordância com algumas políticas da Espanha, sobretudo as de cunho econômico, são um dos maiores impulsionadores do separatismo.

Fortalecimento da cultura catalã
Embora esteja dentro do território espanhol, a Catalunha tem seu próprio idioma oficial, o catalão. Sonoramente parecidos, o catalão e o espanhol têm famílias e variações diferentes dentre as línguas latinas. Além disso, muitos catalães não se veem representados pela cultura espanhola.

Polo econômico
A capital da Catalunha é Barcelona, uma das cidades mais visitadas do mundo e, consequentemente, um grande polo econômico. De acordo com o jornal El Pais, a Catalunha representar cerca de 19% do PIB espanhol, praticamente o mesmo índice de Madrid (18,9%), capital do país. A região também abriga 46,5 milhões de pessoas, cerca de 16% da população nacional. Entretanto, os catalães consideram que o repasse do governo de Madrid não condiz com a contribuição econômica que a região oferece. Ou seja, a Catalunha estaria carregando um fardo econômico estando subordinada à Espanha.

E o impasse deve continuar mesmo após o referendo de domingo. Precedido de muitas manifestações pró-independência, que foram brutalmente reprimidas pelo governo madrilenho, o plebiscito é considerado inválido pelo reino espanhol que, inclusive, revogou leis que abriam brechas para a divisão da nação.

Siga-nos nas nossas redes!
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.