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Pleno.News - 14/04/2021 21h30 | atualizado em 15/04/2021 10h22

Kamala Harris, vice-presidente dos EUA Foto: Reprodução

A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse nesta quarta-feira (14) que planeja viajar em breve para México, Guatemala e possivelmente outros países da América Latina, para falar sobre como “abordar as causas fundamentais” que geram a imigração ilegal.

Encarregada pelo presidente Joe Biden de coordenar ações com países latino-americanos, para tentar conter o fluxo maciço de imigrantes ilegais rumo à fronteira sul dos Estados Unidos, Kamala fez o anúncio durante uma reunião com especialistas da região.

– Logo farei minha primeira viagem ao Triângulo Norte, parando no México e, depois, visitando a Guatemala – disse Kamala.

A vice-presidente enfatizou especialmente seu desejo de visitar a Guatemala “o mais rápido possível, dadas todas as restrições relacionadas à Covid-19”.

A vice-presidente não revelou se também viajará para os outros dois países que compõem o Triângulo Norte, Honduras e El Salvador, cujos cidadãos, juntamente com os da Guatemala, representam a maioria daqueles que chegam ilegalmente à fronteira entre os EUA e o México.

Harris descartou que, por enquanto, planeja visitar a fronteira com o México, pois esse é o trabalho do secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, mas a missão dele é “diplomática”, focada em negociar para “abordar as causas fundamentais” da imigração irregular.

Kamala acrescentou que os EUA têm a oportunidade de proporcionar aos centro-americanos “algum tipo de esperança de que, se ficarem em casa, a ajuda estará a caminho”, apesar dos altos níveis de violência e pobreza no Triângulo Norte.

O objetivo de Kamala é determinar “o que (os Estados Unidos) podem fazer para melhorar o desenvolvimento” na região, com uma “estratégia de longo prazo” que não produzirá resultados “da noite para o dia”, mas que inclui o combate à corrupção, o fortalecimento da economia e a aprovação de reformas climáticas.

A vice-presidente se reuniu na Casa Branca com vários especialistas em imigração, América Central e desenvolvimento, incluindo Dan Restrepo, que foi o principal conselheiro para a América Latina do ex-presidente Barack Obama (2009-2017) durante parte de seu mandato.

Também estiveram presentes, entre outros, a assessora da Oxfam para América Central Vicki Gass; o presidente do Migration Policy Institute (Instituto de Políticas Migratórias), Andrew Selee; a codiretora do Grupo de Trabalho para a América Latina, Lisa Haugaard; e Geoff Thale, presidente do Escritório de Washington para a América Latina (Wola).

Desde que Biden a encarregou de abordar a questão da imigração, no final de março, Kamala conversou por telefone com os presidentes da Guatemala, Alejandro Giammattei, e do México, Andrés Manuel López Obrador.

Na semana passada, o governo dos EUA revelou números recordes de prisões de imigrantes ilegais em sua fronteira com o México, com mais de 172 mil em março, incluindo quase 19 mil menores, um número histórico.

A Casa Branca reiterou que a fronteira “está fechada” e que a maioria daqueles que chegam sem documentos aos EUA serão expulsos, mas isso não reduziu as chegadas à região.

O governo Biden tem sido criticado porque muitos menores que cruzaram a fronteira ultrapassaram o tempo permitido por lei em centros de detenção administrados pelo Escritório de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP), que não são projetados para crianças.

*Com informações da Agência EFE

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