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Regime venezuelano ordenou que Holanda, França e Itália limitem o número de diplomatas credenciados

Pleno.News - 14/01/2025 15h04 | atualizado em 14/01/2025 15h42

Nicolás Maduro Foto: EFE/PRENSA MIRAFLORES

O Ministério das Relações Exteriores da Venezuela ordenou, nesta terça-feira (14), aos governos de Holanda, França e Itália que limitem a três o número de diplomatas credenciados em cada uma das embaixadas em um período de 48 horas, em resposta ao que classificou como “conduta hostil” e apoio a “grupos extremistas”.

– Além disso, os diplomatas devem ter autorização por escrito da nossa chancelaria para se deslocar a mais de 40 quilômetros da Praça Bolívar, em Caracas, garantindo o estrito cumprimento de suas funções – disse o chanceler Yván Gil, em mensagem publicada no Telegram.

O ministro compartilhou fotos de reuniões com o embaixador francês na Venezuela, Emmanuel Pineda, e também com a encarregada de negócios holandesa no país caribenho, Carmen Gonsalves.

Gil acrescentou que o governo chavista continuará tomando “ações necessárias”, de acordo com o “direito internacional, para garantir sua estabilidade, soberania e o caminho para a paz e a prosperidade alcançados por meio de seus próprios esforços”.

– A Venezuela exige respeito à soberania e à autodeterminação, princípios estabelecidos na Carta das Nações Unidas, especialmente em relação àqueles subordinados às diretrizes de Washington – completou.

Na última sexta (10), o presidente francês Emmanuel Macron e o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pediram a Nicolás Maduro que retome o diálogo com a oposição para possibilitar “o retorno da democracia e da estabilidade” no país, logo após tomar posse para um terceiro mandato de seis anos perante o Parlamento, controlado pelo chavismo.

Por sua vez, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou, no mesmo dia, que “as notícias vindas da Venezuela são outro ato inaceitável de repressão por parte do regime de Maduro”, depois que a líder da oposição María Corina Machado foi detida e posteriormente liberada após um protesto em Caracas.

– As aspirações legítimas do povo venezuelano por liberdade e democracia devem finalmente se tornar realidade – declarou a primeira-ministra italiana em um comunicado, no qual reiterou que a Itália não reconhece a vitória eleitoral reivindicada por Maduro.

Em setembro do ano passado, o Executivo chavista já tinha entregue uma nota de queixa à Holanda por ter “escondido” a entrada do candidato da principal coligação antichavista, Edmundo González Urrutia, na sua residência em Caracas, antes de pedir asilo na Espanha, onde reside desde 8 de setembro.

Os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e alguns países latino-americanos, como Peru e Paraguai, negaram a legitimidade da posse de Maduro, em meio a denúncias de fraude pela oposição majoritária, agrupada na Plataforma Democrática Unitária (PUD), que reitera que González Urrutia foi o vencedor das eleições por ampla margem.

*EFE

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