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União Europeia deve intervir na Venezuela, aponta Espanha

"Vamos fazer com que as eleições aconteçam", disse o ministro espanhol das Relações Exteriores

Jade Nunes - 24/01/2019 14h54

 

Venezuela enfrenta crise política Foto: EFE/Zipi

O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Josep Borrell, afirmou nesta quinta-feira (24) que a prioridade na Venezuela deve ser “evitar que a coisa piore” e considerou que isso exige “uma intervenção” da União Europeia “para que haja eleições livres, democráticas e com garantias”.

– Vamos fazer com que este processo (eleições) aconteça – disse Borrell, em entrevista coletiva ao ser perguntado sobre a posição da UE com relação à autoproclamação do presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como “presidente interino” da Venezuela.

O ministro ressaltou que a UE “tem uma posição comum firme e clara na exigência de eleições que até agora (o presidente Nicólas) Maduro não queria”.

Borrell também lamentou a “extraordinária lentidão” da UE para tomar decisões e disse que, “se não tivéssemos demorado quatro meses para decidir” criar um “grupo de contato” europeu com o governo de Maduro e com a oposição venezuelana, “talvez o tema tivesse sido de utilidade”.

Agora, a prioridade é, segundo Borrell, convocar um Conselho Europeu de Relações Exteriores para chegar a acordos e impulsionar a política comum da UE de exigir as eleições.

Ao ser questionado sobre quem ele considera que deveria convocar essas eleições, se Maduro ou Guaidó, Borrell respondeu que “isso é o que temos que ver” e reconheceu que a Espanha tem uma opinião a respeito, mas “não é para dá-la em uma entrevista coletiva, mas para trabalhá-la” no âmbito da UE.

O ministro enfatizou que é necessário que a UE decida com rapidez sua posição, já que a situação na Venezuela “pode degenerar para a instabilidade”.

– Temos que evitar que a coisa piore, e isso exige uma intervenção da UE para que haja eleições; vamos fazer com que este processo aconteça – assinalou Borrell.

Para o ministro espanhol, é óbvio que, para promover eleições na Venezuela, será necessário “um contato com o regime de Maduro”.

Em Davos, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o presidente do governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, falou com Guaidó, a quem transferiu a mensagem de que eleições democráticas e transparentes são a saída “idônea e natural” para a crise na Venezuela, segundo disseram fontes de seu governo.

*Com informações da Agência EFE

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