Trump volta a pressionar Harvard por dados de alunos estrangeiros
Presidente americano tem travado embate contra universidade nas últimas semanas
Pleno.News - 26/05/2025 07h30 | atualizado em 26/05/2025 08h34

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a questionar neste domingo (25) a Universidade de Harvard por se recusar a compartilhar com o governo os dados pessoais dos estudantes estrangeiros, especialmente aqueles que participaram de manifestações pró-Palestina.
Trump destacou esse ponto dias depois que seu governo anunciou que não permitirá que a instituição matricule estudantes estrangeiros, uma medida que está temporariamente suspensa nos tribunais.
– Por que Harvard não menciona que quase 31% de seus alunos vêm do exterior, e ainda assim esses países, alguns deles não amigos dos Estados Unidos, não contribuem em nada para a educação de seus alunos, nem pretendem fazê-lo? – disse o republicano em mensagem publicada em sua rede social Truth Social.
Harvard declarou publicamente que a proporção de estudantes estrangeiros em relação ao total para o ano acadêmico atual é de 27,2%.
– Queremos saber quem são esses estudantes estrangeiros, um pedido razoável, já que damos a Harvard bilhões de dólares, mas Harvard não é muito solícita – continua o texto do presidente.
Na última de suas ações contra a universidade, o governo Trump recentemente pediu dados sobre estudantes que participaram de manifestações pró-Palestina nos últimos anos.
Diante da recusa da instituição em fornecer essas informações, a secretária de Segurança Nacional, Kristi Noem, anunciou na última quinta-feira (22) que sua pasta deixará de emitir vistos para estudantes estrangeiros em Harvard e que aqueles já matriculados terão de mudar de universidade ou correrão o risco de serem expulsos do país.
Já na última sexta (23), após uma ação judicial da universidade, um juiz federal suspendeu temporariamente a medida do governo Trump, que nos últimos meses cortou o volume de subsídios federais para Harvard em quase 2 bilhões de dólares (R$ 11,3 bilhões).
O governo, que acusa Harvard de “antissemitismo” ou de favorecer o Partido Comunista Chinês com seus programas de intercâmbio, também ameaçou retirar as isenções fiscais para Harvard.
– Queremos esses nomes e países, Harvard tem 52 bilhões de dólares [R$ 294,8 bilhões], use-os e pare de pedir ao governo federal que continue dando dinheiro a vocês – conclui a mensagem de Trump.
*EFE
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