Trump vetou plano de Israel de matar líder supremo do Irã
Informação foi dada por fontes do alto escalão do governo
Pleno.News - 16/06/2025 10h22 | atualizado em 16/06/2025 10h46

No terceiro dia de ataques aéreos cruzados entre Israel e Irã que já deixaram centenas de mortos, funcionários do governo americano informaram, neste domingo (15), que o presidente dos Estados Unidos Donald Trump vetou um plano israelense para executar o líder supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei. De acordo com as agências Reuters e France-Press, os relatos chegaram do alto escalão do governo.
Segundo os funcionários, ouvidos na condição de anonimato, oficiais israelenses tiveram uma oportunidade recente de matar o principal líder iraniano, mas teriam sido dissuadidos por Trump.
– Os iranianos já mataram algum americano? Não. Até que o façam, não vamos nem falar em ir atrás de sua liderança política – disse uma das fontes.
Os funcionários não confirmaram se a mensagem foi transmitida pelo próprio presidente dos EUA, mas Trump mantém comunicação frequente com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Os contatos entre EUA e autoridades israelenses ficaram mais frequentes desde o início do conflito, na madrugada da última sexta-feira (13).
NOVOS ATAQUES
Neste domingo (15), Israel mirou instalações militares e depósitos de combustível em território iraniano, incluindo “dezenas” de ataques contra infraestruturas que abrigam mísseis no oeste do país. O Exército também anunciou a destruição de um avião iraniano de reabastecimento no Aeroporto de Mashhad, além da sede da chamada Organização de Inovação e Pesquisa em Defesa, considerada o coração do projeto iraniano para construir armas nucleares.
Em Teerã, a televisão estatal anunciou a morte de cinco pessoas em um edifício residencial. E o Ministério das Relações Exteriores acusou Israel de ter atacado “deliberadamente” um de seus edifícios, deixando vários feridos.
Os bombardeios israelenses desde sexta causaram pelo menos 224 mortes e deixaram mais de mil feridos, indicou neste domingo o Ministério da Saúde. O porta-voz do ministério, Hossein Kermanpur, afirmou que mais de 90% das vítimas são civis.
O chefe de inteligência da Guarda Revolucionária, o exército ideológico armado do regime, Mohammad Kazemi, morreu neste domingo com outros dois oficiais, segundo a agência de notícias oficial Irna.
Na noite deste domingo, um militar de alta patente iraniano, o coronel Reza Sayyad, porta-voz das forças armadas, prometeu uma resposta “devastadora” e advertiu que em breve Israel “não será habitável”.
Paralelamente, o Irã lançou ao menos quatro rodadas de disparo de mísseis contra Israel, que atingiram vários pontos do país, entre eles Tel-Aviv, Jerusalém e Haifa, segundo o exército israelense. Os ataques do último sábado e da madrugada deste domingo deixaram dez mortos e mais de 200 feridos, segundo os serviços de emergência israelenses, elevando para 13 o número de mortos e a 380 o de feridos desde a última sexta-feira.
Na madrugada deste domingo, as sirenes voltaram a soar em várias cidades israelenses. Em Bat Yam, ao sul de Tel-Aviv, vários edifícios residenciais foram destruídos. Grande parte dos mísseis e drones iranianos foi interceptada pelo sistema de defesa Domo de Ferro, segundo o exército israelense.
REGIME
Também neste domingo, Netanyahu disse à Fox News que o objetivo dos ataques contra o Irã é proteger Israel e o mundo inteiro do “regime incendiário iraniano”.
– Nosso foco de ataque foram localidades nucleares e militares. O deles foram espaços onde há civis israelenses – disse, ressaltando que uma mudança de regime não é o objetivo das operações, mas pode ser o resultado.
*AE
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