Trump justifica separação de famílias de imigrantes
Medida é fruto da política de "tolerância zero", que foi implementada em abril
Jade Nunes - 17/12/2018 09h35 | atualizado em 17/12/2018 14h16
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (16) que se as famílias de imigrantes não forem separadas na fronteira, “muito mais pessoas” procurarão o seu país.
– No entanto, se você não as separar, muito mais pessoas virão. Os traficantes de pessoas utilizam as crianças! – escreveu o governante no Twitter sobre a polêmica medida que começou a ser aplicada em abril e que em junho teve que ser suspensa por conta das críticas.
Trump voltou a dizer que durante a gestão do seu antecessor, Barack Obama, existia uma política de separação de crianças na fronteira.
– A política dos democratas de separação de crianças na fronteira durante o governo Obama foi muito pior do que a maneira como lidamos com isso agora. Lembrem da foto de 2014, de crianças em gaiolas – os anos Obama – comentou ele.
As afirmações de Trump parecem fazer referência ao segundo mandato de Obama e imagens da época, quando menores imigrantes foram vistos em celas temporárias e desacompanhados.
A separação de famílias é fruto da política de “tolerância zero” que começou a ser implementada oficialmente em abril pelo atual governo e que processa criminalmente adultos que entram irregularmente nos Estados Unidos, o que originou a separação das crianças.
Em função das críticas, Trump se viu obrigado a assinar um decreto em junho, determinando o fim da divisão das famílias, no qual estabelece que os menores deverão ser detidos com os pais que aguardam o processo de deportação.
Atualmente, as crianças não podem ser privadas de liberdade por mais de 20 dias nos Estados Unidos, mas o governo de Trump pediu à Justiça que amplie esse limite, o que gerou uma batalha legal a respeito.
Conforme um relatório oficial apresentado em novembro, 2.458 das 2.667 crianças separadas dos pais na fronteira com o México foram reunificadas.
*Com informações da Agência EFE
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