Trump fecha Usaid; funcionários já recolhem pertences na sede
Órgão é alvo de uma série de denúncias
Pleno.News - 27/02/2025 21h37 | atualizado em 28/02/2025 11h16

Os funcionários demitidos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid) tiveram, nesta quinta-feira (27), 15 minutos para recolher seus pertences, enquanto continuam as tentativas do governo do presidente americano, Donald Trump, de cortar o financiamento de várias instituições federais descredibilizadas.
Uma fonte ligada à Usaid disse à Agência EFE que os funcionários afetados foram notificados de que têm no máximo 15 minutos para recolher seus pertences pessoais entre esta quinta e sexta-feira (28) na sede da instituição, em Washington.
A medida foi tomada poucas horas depois de a Suprema Corte conceder nova vitória a Trump.
O desmantelamento da Usaid tem sido uma das prioridades nos cortes pretendidos tanto por Trump quanto pelo empresário Elon Musk, que comanda informalmente o chamado Departamento de Eficiência Governamental (DOGE).
Nesta quarta-feira (26), a Suprema Corte suspendeu o prazo estabelecido por um tribunal que exigia que o governo Trump retomasse antes da meia-noite desta quinta o pagamento de cerca de 2 bilhões de dólares (cerca de R$ 11,6 bilhões) em ajuda externa congelada.
A ordem, anunciada pelo presidente da Suprema Corte, John Roberts, é de natureza temporária, pois dá ao órgão tempo para resolver a questão e dá aos autores da ação até esta sexta-feira para argumentar se o tribunal que ordenou a retomada do financiamento tem de fato jurisdição sobre o governo federal nessa questão.
Apesar disso, os ex-funcionários consideram que a Usaid está encerrada. Em um clima de pessimismo, vários foram à sede nesta quinta, localizada a apenas 600 metros da Casa Branca, e saíram com caixas carregadas de pertences, evitando falar diretamente com a imprensa.
Apesar da chuva que caiu na capital americana, dezenas de pessoas se reuniram em várias saídas da sede com cartazes de apoio ao trabalho da equipe e criticando Trump e Musk.
*Com informações EFE
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