Trump diz que acordo nuclear com Irã ocorrerá ‘muito em breve’
Presidente dos EUA declarou que "haverá dias interessantes pela frente"
Pleno.News - 07/03/2025 19h51 | atualizado em 07/03/2025 19h54

O presidente americano, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (7) que os Estados Unidos podem chegar a um acordo sobre armas nucleares com o Irã “muito, muito em breve”, poucas horas depois de revelar que enviou uma carta a Teerã pedindo negociações.
– Temos uma situação com o Irã e algo vai acontecer muito, muito, muito em breve – explicou Trump à imprensa no Salão Oval da Casa Branca.
Na ocasião, ele acrescentou que faltam apenas “os toques finais” para chegar a um acordo e que “haverá dias interessantes pela frente”.
– Espero que possamos ter um acordo de paz, não estou falando de uma posição de força ou fraqueza. Estou apenas dizendo que prefiro ver um acordo de paz do que a outra opção (militar), embora a outra resolva o problema – acrescentou o presidente, ressaltando que Washington não pode “permitir que eles tenham uma arma nuclear”, em referência ao regime dos aiatolás.
Trump afirmou que teria chegado rapidamente a um acordo com Teerã se tivesse vencido a eleição presidencial de 2020 – que ele chamou de “fraudada” – e culpou seu antecessor, Joe Biden, o qual descreveu como “uma pessoa muito estúpida” por permitir que o Irã enriquecesse depois de remover as sanções ao país.
Esses comentários foram feitos horas depois que o próprio presidente dos EUA disse em uma entrevista à Fox Business que havia escrito uma carta ao líder supremo do Irã, Ali Khamenei, na qual, segundo ele, ameaçou intervir militarmente se a República Islâmica não se abrisse para negociações.
De qualquer forma, a missão iraniana na ONU, citada pela agência de notícias estatal IRNA, disse pouco tempo depois que não havia recebido nenhuma carta do presidente dos EUA.
Em 2018, durante seu primeiro mandato (2017-2021), Trump decidiu retirar seu país do chamado Plano de Ação Integral Conjunto, um pacto para conter os avanços nucleares de Teerã acordado pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Irã, União Europeia (UE) e Alemanha em 2015.
*EFE
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