Trump cogita medidas contra jornalistas após polêmica
Presidente disse que poderia desligar as câmeras que enfocam os profissionais nas coletivas
Jade Nunes - 19/11/2018 10h49
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, admitiu neste domingo (18) a possibilidade de desligar as câmeras que enfocam jornalistas durante coletivas de imprensa, depois da polêmica envolvendo o repórter da CNN Jim Acosta.
– Uma das coisas que poderemos fazer é desligar a câmera que os enfoca, porque, então, não terão tempo no ar, embora, provavelmente, e serei processado por isso. Mas, você sabe, eu posso ganhar ou perder – disse o chefe de Estado, em entrevista à emissora americana Fox News.
Há dois dias, o juiz federal Timothy J. Kelly ordenou que a Casa Branca devolvesse o credenciamento a Acosta, que durante uma entrevista coletiva, questionou Trump se havia “demonizado” imigrantes ilegais durante a campanha para as eleições legislativas.
A versão do governo é que estavam reticentes em ceder o microfone ao repórter da CNN. O presidente disse à Fox News, que o jornalista foi “incrivelmente mal-educado com Sarah Huckabee (porta-voz da Casa Branca)”.
Trump revelou que está sendo preparado um pacote de “normas e regras” para a atuação de correspondentes na cobertura dentro da sede do governo. Além disso, advertiu que se Acosta “não se comportar” nas coletivas, será expulso.
O presidente afirmou que gosta, mas nem sempre, de conceder a palavra ao repórter da CNN. Além disso, afirmou que ninguém mais do que ele, acredita na Primeira Emenda da Constituição, que garante a liberdade de imprensa.
– Não me importo gerar notícias negativas, se estiver errado, se eu fizer algo errado – garantiu.
– As notícias sobre mim, em grande parte, são falsas. Inclusive, às vezes afirmam: “fontes dizem”. Não há nenhuma fonte em muitos dos casos – completou Trump.
*Com informações da Agência EFE
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