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Trump chama congressistas que atacou de “racistas”

Ele havia tuitado dizendo que as quatro deveriam "voltar para seus países de origem"

Camille Dornelles - 16/07/2019 17h54 | atualizado em 15/08/2019 12h23

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alimentou nesta segunda-feira (15) a polêmica gerada pelos tuítes nos quais pediu que quatro congressistas democratas de origem latina e negras – todas cidadãs americanas – voltassem a seus países de origem.

Ele as acusou de serem “racistas” e exigir que se desculpem com a nação. Em meio a uma forte controvérsia que gerou novas acusações de racismo e supremacismo branco contra Trump, o presidente americano intensificou suas críticas às parlamentares, que chegaram ao Congresso este ano e se tornaram vozes muito influentes no movimento progressista nos Estados Unidos.

– Se os democratas querem se unir em torno das expressões repugnantes e o ódio racista cuspido pelas bocas e ações destas congressistas tão impopulares e não representativas, será interessante ver como isso acontece – escreveu Trump no Twitter.

– Posso dizer a vocês que elas fizeram com que Israel se sentisse abandonado pelos Estados Unidos – acrescentou.

Em outro tuíte, Trump perguntou “quando as congressistas da esquerda radical se desculparão com o nosso país, o povo de Israel e inclusive o escritório do presidente pelas expressões repugnantes que usaram e as coisas terríveis que disseram?”

POLÊMICA
As novas declarações de Trump colocam lenha na fogueira da polêmica que começou no domingo, quando perguntou em uma postagem “por que essas legisladoras não voltam aos seus países e ajudam a regular os lugares completamente quebrados e infestados de crime de onde vêm”.

O líder se referia a um grupo de legisladoras da Câmara dos Representantes, conhecidas popularmente como “The Squad” (“O Esquadrão”), e formado por Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Rashida Tlaib e Ayanna Pressley.

Todas elas são cidadãs americanas, e três delas nasceram nos Estados Unidos: Ocasio-Cortez em Nova York, Tlaib em Detroit (Michigan) e Pressley em Chicago.

Omar, por sua vez, nasceu em Mogadíscio, na Somália, mas obteve a cidadania americana quando era adolescente, depois de chegar como refugiada ao país com sua família.

Mas as raízes porto-riquenhas de Ocasio-Cortez, as palestinas de Tlaib e as somalis de Omar bastaram para Trump exigir que as congressistas voltassem aos seus países.

O comentário do presidente foi criticado por vários congressistas democratas, inclusive a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que teve alguns desentendimentos públicos com as congressistas da “brigada”.

Ocasio-Cortez continuou hoje denunciando as palavras de Trump, ao advertir que são “próprias dos supremacistas brancos”, e exigiu que os políticos republicanos condenem suas declarações, algo que até agora só foi feito por um legislador desse partido, Chip Roy, que representa um distrito do Texas na Câmara dos Representantes.

*Com informações da Agência EFE

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