Trump autoriza uso de força por militares contra caravana
No entanto, o Pentágono afirmou que eles não carregarão armas de fogo
Camille Dornelles - 22/11/2018 07h49 | atualizado em 22/11/2018 09h38
















O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, autorizou os militares enviados para a fronteira com o México a utilizarem a força caso necessário para proteger os agentes de imigração. As informações foram dadas pela Casa Branca em comunicado.
Trump voltou a afirmar nesta quarta-feira (21) que há criminosos entre os integrantes da caravana. No entanto, não deu provas e aumentou as desconfianças do público.
– A autorização do presidente garante que o Departamento de Defesa pode atuar para proteger aqueles que estão trabalhando – disse Hodan Gidley, um dos porta-vozes do governo.
No entanto, o Pentágono voltou a afirmar que os soldados enviados para a região de fronteira não carregarão armas de fogo. Até então, os cerca de 5,9 mil militares enviados à fronteira com o México só podiam usar a força contra os imigrantes em defesa própria.
No entanto, a nova autorização de Trump amplia as possibilidades, permitindo que os soldados reajam para proteger os agentes do Escritório de Alfândegas e Proteção Fronteiriça (CBP).
O chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelley, enviou uma carta ao secretário de Defesa, James Mattis, para comunicar a autorização do presidente. No entanto, Mattis afirmou que o CBP não fez pedidos para “uso de força letal”.
– Eles sequer estão levando pistolas, portanto, relaxem. Não fiquem preocupados com isso, de acordo? – declarou Mattis durante entrevista coletiva.
Mattis explicou que a ordem de Trump não viola a lei de 1878, que proíbe usar militares em tarefas de segurança em nível nacional.
– Não há nenhuma violação da lei porque não vamos prender ninguém. Só poderemos evitar confrontos e entregá-los aos agentes para que realizem a prisão, mas sem usar armas de fogo – ressaltou.
Segundo o documento, os militares poderão desempenhar as “tarefas de proteção que o secretário de Defesa considere oportunas”, entre elas o “uso da força (incluída a letal se necessário), o controle de multidões, a prisão temporária e o registro de pessoas”.
*Com informações da Agência EFE
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