Trump assina decreto que esvazia Departamento de Educação
Casa Branca afirmou que o presidente está "tomando medidas muito necessárias"
Pleno.News - 20/03/2025 14h33 | atualizado em 20/03/2025 16h03

O presidente Donald Trump assina, nesta quinta-feira (20), o decreto que ordena o desmonte do Departamento de Educação, reduzindo significativamente a escala e o tamanho da instituição.
Apesar da ordem executiva, a Casa Branca garantiu que o Departamento de Educação dos Estados Unidos continuará administrando bolsas, auxílios e empréstimos estudantis.
Segundo a porta-voz do governo, Karoline Leavitt, o financiamento para educação especial e o correspondente ao título I da Lei de Educação Elementar e Secundária, que regulamenta a ajuda suplementar para crianças de famílias de baixa renda, permanecerão sob a jurisdição do departamento.
De qualquer forma, a porta-voz insistiu que a ordem executiva que Trump assinará instrui a secretária de Educação, Linda McMahon, a “reduzir significativamente a escala e o tamanho” da instituição.
– Gastamos mais de 3 trilhões de dólares (R$ 17 trilhões) nessa burocracia federal. Qual foi o retorno desse investimento para o contribuinte americano? Níveis que estão longe do ideal – declarou, referindo-se ao baixo desempenho dos estudantes americanos em testes de leitura, ciências e matemática.
– O presidente está finalmente tomando medidas muito necessárias para devolver a educação onde deve estar, ou seja, aos educadores mais próximos dos alunos, em suas salas de aula, em seus respectivos estados – adicionou.
O Departamento de Educação, criado em 1979 por uma lei aprovada pelo Congresso, não pode ser fechado sem aprovação legislativa, um cenário considerado altamente improvável devido à previsível falta de apoio dos democratas.
Ainda assim, o presidente sugeriu que poderia reunir apoio suficiente para fechar uma agência cujo pessoal já foi reduzido pela metade desde seu retorno ao poder em 20 de janeiro.
Os republicanos criticaram ostensivamente o Departamento de Educação do democrata Joe Biden (2021-2025), especialmente as decisões de perdoar empréstimos estudantis e estender proteções contra discriminação sexual na educação para pessoas LGBTQIA+.
A decisão de desmantelar o departamento é, por sua vez, uma resposta à promessa de campanha de Trump de reduzir o setor público e conceder aos estados mais autoridade sobre a educação.
*EFE
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