Donald Trump anuncia acordo entre Sudão e Israel
Anúncio foi feito, nesta sexta, no Salão Oval da Casa Branca
Pleno.News - 23/10/2020 15h10 | atualizado em 23/10/2020 15h13
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta sexta-feira (23) que Sudão e Israel concordaram em normalizar as relações, após assinar um documento para retirar o país africano da lista de nações que apoiam o terrorismo.
Trump fez o anúncio no Salão Oval da Casa Branca, onde pediu à imprensa para entrar enquanto estava em uma chamada com os primeiros-ministros de Israel, Benjamin Netanyahu, e do Sudão, Abdallah Hamdok, e com o presidente do Conselho Soberano Sudanês, general Abdel Fattah al Burhan, com quem disse ter conseguido a “paz”.
Segundo Trump, Sudão e Israel anunciaram que decidiram “acabar com o estado de beligerância” entre si, para iniciar um processo de normalização das relações.
Pouco antes, o presidente dos EUA assinou um documento para retirar o Sudão da lista de patrocinadores de terrorismo elaborada pelo Departamento de Estado americano, o que foi considerado um requisito para se chegar a este acordo.
HUGE win today for the United States and for peace in the world. Sudan has agreed to a peace and normalization agreement with Israel! With the United Arab Emirates and Bahrain, that’s THREE Arab countries to have done so in only a matter of weeks. More will follow! pic.twitter.com/UHB8H6oaZc
— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) October 23, 2020
Na segunda-feira passada, Trump anunciou que retiraria o Sudão da lista de patrocinadores do terrorismo, depois que as autoridades de Cartum se comprometeram a pagar 335 milhões de dólares (R$ 1.884 bilhão) em indenização às famílias de vítimas do terrorismo.
– Retirarei o Sudão da lista de Patrocinadores Estatais do Terrorismo, uma vez que tenha depositado o dinheiro prometido – disse Trump, no Twitter.
Os tribunais dos EUA responsabilizaram o Sudão por ser cúmplice dos ataques da Al Qaeda em 1998 às embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia, e do bombardeio de 2000 ao destroyer USS Cole no porto de Áden, no Iêmen.
Uma delegação conjunta israelense e americana se reuniu com representantes sudaneses em Cartum na quarta-feira passada para discutirem a normalização das relações entre Israel e Sudão e a retirada do Sudão da lista de patrocinadores terroristas dos EUA.
O dinheiro da indenização sudanesa para as famílias das vítimas do terrorismo será depositado em uma conta que será acessível assim que o Congresso dos EUA conceder imunidade legal ao Estado sudanês para outros ataques terroristas.
A retirada do Sudão da lista de patrocinadores estatais do terrorismo do Departamento de Estado permitirá que o país africano tenha acesso a novas vias de ajuda internacional ao desenvolvimento.
For much of recent history, the people of Sudan suffered under brutal Islamic dictatorships.
But a new chapter is beginning.
"This is…one of the great days in the history of Sudan." pic.twitter.com/FWv0wX3Rzi
— The White House (@WhiteHouse) October 23, 2020
Até então, Hamdok tinha mostrado receio a reconhecer o Estado de Israel. A Casa Branca estabeleceu como um de seus principais objetivos de política externa o restabelecimento das relações diplomáticas entre Israel e seus vizinhos árabes, o que acredita que ajudaria a forçar um acordo de paz entre israelenses e palestinos.
*Com informações da Agência EFE
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