Pleno.News - 27/12/2022 15h07 | atualizado em 27/12/2022 16h15

Nesta terça-feira (27), um tribunal militar da península russa de Kamchatka condenou um soldado a um ano e oito meses de prisão por se recusar a combater na Ucrânia. Segundo o tribunal, trata-se de Alexey Breusov, que em 6 de outubro se recusou a cumprir uma ordem direta de seus superiores para participar de “ações militares” no âmbito da campanha russa na Ucrânia.

Breusov, que poderia ter sido condenado a no máximo três anos de prisão, entrou com um recurso no tribunal da Frota Russa do Pacífico. O militar fazia parte do departamento de investigação militar do Comitê de Instrução Russo.

Em outubro passado, dois evangelistas também se recusaram a participar da “operação militar especial”, razão pela qual foram objeto de um processo criminal.

De acordo com o jornal Novaya Gazeta, o primeiro processo desse tipo foi instaurado em setembro contra um oficial de 27 anos que prestava serviço na região norte de Murmansk.

A Duma, a Câmara dos Deputados da Rússia, apresentou uma emenda ao Código Penal em setembro que endureceu as penas para crimes, como insubordinação, cometidos “durante mobilização ou lei marcial, em tempos de guerra”.

Até então, os militares só poderiam ser julgados se tivessem cometido crimes graves.

O ministro da Defesa russo, Sergei Choigu, reconheceu as dificuldades que o Exército encontrou durante a mobilização parcial de 300 mil reservistas, que levou a um êxodo massivo de homens em idade militar em setembro.

Segundo pesquisas, cada vez mais russos defendem o início de negociações de paz para resolver o conflito na Ucrânia.

*EFE

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