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Talibã diz não saber se retomará amputações e execuções

"Nosso governo acaba de começar a trabalhar, e, no momento, não há uma decisão clara sobre isso", falou o porta-voz do governo

Pleno.News - 24/09/2021 15h29 | atualizado em 24/09/2021 16h48

Talibã tomou o poder em Cabul Foto: EFE/EPA/STRINGER

Nesta sexta-feira (24), o governo talibã informou que ainda não tomou uma decisão sobre uma possível retomada de amputações e execuções que marcaram seu período anterior no poder no Afeganistão.

– Nosso governo acaba de começar a trabalhar, e, no momento, não há uma decisão clara sobre isso. Nós também não fizemos nenhuma declaração sobre o assunto. Estamos na fase inicial de governança, e nosso governo ainda é interino. Alguns órgãos ainda não começaram a trabalhar – declarou à Agência EFE o porta-voz do Talibã, Bilal Karimi.

Segundo Karimi, o Talibã tomará uma decisão sobre punições extremas quando seus órgãos judiciais estiverem totalmente operacionais e as leis tiverem sido aprovadas e ratificadas.

A reação do governo talibã surgiu após um dos líderes históricos do grupo, Mullah Nooruddin Turabi, dizer em entrevista que as lapidações, amputações e execuções que se tornaram eventos públicos semanais entre 1996 e 2001 retornarão.

– O que o Mullah Turabi disse à mídia é sua opinião pessoal, e não a posição oficial do governo – esclareceu Mashal Afghan, membro do Comitê de Cultura do Talibã.

Durante o primeiro regime talibã, Turabi serviu como ministro da Justiça e chefiou o Ministério para a Propagação da Virtude e a Prevenção do Vício.

O atual político de 60 anos foi o principal responsável pela implementação da política de punição extrema ou pena capital em público, baseada na interpretação dura da Sharia (a lei islâmica).

Há uma semana, os insurgentes dissolveram oficialmente o Ministério Afegão para Assuntos da Mulher e, em seu lugar, restabeleceram o Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício, que será responsável pela implementação rígida das normas islâmicas.

*EFE

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