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“Socialismo destrói as nações”, diz Donald Trump em discurso

Presidente americano falou sobre os avanços de seu governo na tradicional declaração do Estado da União

Pleno.News - 05/02/2020 08h25 | atualizado em 05/02/2020 08h40

Donald Trump faz o discurso do Estado da União no Congresso dos Estados Unidos Foto: EFE/EPA/Leah Millis

Donald Trump chegou para o seu terceiro pronunciamento do Estado da União como uma estrela de show de rock, com direito a entrada triunfal no Congresso. O presidente americano foi recebido nesta terça (4) com minutos de aplausos ininterruptos pelos congressistas em Washington, aos quais agradecia dizendo “thank you” e apertando a mão.

As palmas continuaram enquanto o presidente subia ao pódio e se preparava para começar a falar sobre o “grande retorno americano”, como disse logo no começo. Antes de seu pronunciamento, entregou um cópia do discurso para o vice Mike Pence e para a democrata Nancy Pelosi, sentados atrás dele. A presidente da Câmara quis apertar a mão de Trump, que negou.

Enquanto isso, os parlamentares gritavam “mais quatro anos! Mais quatro anos!”, como se fosse um coro em um comício de campanha. Trump começou seu discurso dizendo que “os anos de declínio [americano] terminaram”.

Segundo o republicano, a economia do país está melhor do que nunca, o Exército está reconstruído, as fronteiras, seguras, e o orgulho americano restaurado. Há mais emprego, mais renda, e a pobreza e o crime estão diminuindo.

– O estado da nossa União é mais forte do que jamais foi – sentenciou.

Trump passou cerca de 20 minutos enumerando dados econômicos, como os 7 milhões de novos empregos gerados desde que ele assumiu o poder, em janeiro de 2017, e a taxa de desemprego mais baixa em meio século.

O presidente autodeclarado da Venezuela, Juan Guaidó, estava na plateia. Ele foi saudado por Trump, que afirmou que os EUA estão do lado da Venezuela e que “o socialismo destrói as nações, mas nos lembra que a liberdade unifica a alma”, em uma mensagem bem direta ao ditador Nicolás Maduro. Guaidó foi aplaudido de pé tanto por republicanos quanto por democratas.

Como esperado, o presidente também falou sobre imigração ilegal.

– Se você vier ilegalmente, será prontamente removido do nosso país – disse, antes de criticar as cidades santuário, a exemplo de Nova York, que tem políticas de tolerância a imigrantes sem papeis.

Ele enumerou uma série de crimes cometidos por tais imigrantes e saudou um homem cujo irmão foi assassinado por um imigrante ilegal. Em seguida, afirmou que passaria uma legislação permitindo que cidades santuário sejam processadas em casos como este.

Também prometeu que o muro na fronteira com o México ficará pronto e afirmou que, após um acordo assinado recentemente com nações da América Central, o número de tentativas de travessia da fronteira sul dos EUA caiu 75%.

Trump também atacou a universalização do sistema de saúde. Disse que o plano democrata de expandir o seguro de saúde financiado pelo governo representava uma “aquisição socialista” que levaria o país à falência, cortando benefícios para aqueles que os têm agora e prestando assistência a imigrantes ilegais.

Pouco antes do fim do discurso, ele defendeu o direito constitucional de todas as religiões rezarem nas escolas. Em seguida, agradeceu a Deus e terminou sua fala.

O discurso do Estado da União é considerado uma das principais tradições políticas dos EUA, previsto inclusive na Constituição do país. Ele é realizado anualmente (com exceção aos anos em que um presidente toma posse, como acontecerá em 2021) no plenário da Câmara dos Representantes e geralmente conta com a presença da cúpula política americana.

*Folhapress

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