Saiba o que é o Foro de Madrid, contraponto ao Foro de SP
Iniciativa busca difundir valores de liberdade entre os países e contará com a participação de diversos representantes da direita
Paulo Moura - 27/10/2020 09h27 | atualizado em 27/10/2020 11h49
Cerca de 50 personalidades de áreas como política, cultura e sociedade civil assinaram na segunda-feira (26) a “Carta de Madrid”, iniciativa promovida por Santiago Abascal, líder do partido direitista espanhol Vox. A ação marca o lançamento do Foro de Madrid, projeto que coliga integrantes internacionais de direita e que surge como um contraponto ao Foro de São Paulo, entidade que, por sua vez, une diversas figuras de esquerda.
O Foro de Madrid já havia sido apresentado nos Estados Unidos em fevereiro deste ano e o primeiro evento presencial reunindo integrantes do grupo estava marcado para junho, mas precisou ser cancelado por conta da pandemia de coronavírus. Ao todo, o grupo reúne representantes de 15 nações.
A iniciativa tem como integrante brasileiro o deputado federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara (CREDN), Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Ao falar sobre o projeto em suas redes sociais, Eduardo afirmou que a ação é um total contraponto ao Foro de São Paulo e terá como objetivo difundir valores de liberdade entre os países.
– Ao contrário do Foro de São Paulo, [o Foro de Madrid] não utilizará recursos públicos de nenhum país envolvido e muito menos atentará contra a soberania de qualquer um deles, visando apenas difundir os valores de liberdade em seus países – escreveu.
Além do parlamentar brasileiro, assinam o documento a oposicionista venezuelana María Corina Machado; o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma; a escritora e dissidente cubana, Zoe Valdés; o deputado espanhol pelo Vox, Hermann Tertsch; o líder da Fratelli d’Italia, Giorgia Meloni; o presidente do Partido Republicano do Chile, José Antonio Kast; o ministro do governo boliviano, Arturo Murillo; e o ex-embaixador dos Estados Unidos na Organização dos Estados Americanos (OEA), Roger Noriega, entre outros.
A carta de Madrid diz que “uma parte da região é sequestrada por regimes totalitários de inspiração comunista, apoiados pelo narcotráfico e outros países. Todos eles, sob a égide de Cuba e de iniciativas como o Foro de São Paulo e o Grupo de Puebla, que se infiltram nos centros de poder para impor sua agenda ideológica.”
– O avanço do comunismo representaria uma ameaça à prosperidade e ao desenvolvimento de nossas nações, bem como às liberdades e direitos de nossos compatriotas – declara a carta.
– A defesa das nossas liberdades é uma tarefa que pertence não só à esfera política, mas também às instituições, à sociedade civil, aos meios de comunicação e à academia – completa o documento.
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