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Rússia confirma realização de teste com míssil antissatélite

Moscou vem pedindo que potências assinem tratado para evitar o uso de armas no espaço

Pleno.News - 16/11/2021 16h21 | atualizado em 16/11/2021 18h16

Rússia confirma realização de teste com míssil antissatélite e ataca EUA (imagem ilustrativa) Foto: EFE/EPA/SERGEI ILNITSKY

Nesta terça-feira (16), o Ministério da Defesa da Rússia confirmou a realização, ontem, de um teste com míssil antissatélite e classificou como “hipócritas” os Estados Unidos, pela acusação de ter sido colocada em perigo a tripulação da Estação Especial Internacional (EEI).

– De forma concreta, em 15 de novembro deste ano, o Ministério da Defesa russo realizou com êxito um teste, que teve como resultado que o aparelho especial inoperante russo “Tselina-D”, que esteve em órbita desde 1982, fosse alcançado. Os Estados Unidos sabem, com certeza, que os fragmentos resultantes, em termos do tempo que durou o teste e dos parâmetros orbitais, não representaram nem representarão uma ameaça para as estações orbitais, os equipamentos e atividades espaciais – indicou a pasta, por meio de comunicado.

A pasta, liderada por Serguei Choigu, garantiu que os fragmentos do satélite destruído “foram incluídos no catálogo principal do sistema de controle espacial”, que começou imediatamente o acompanhamento destes até o desaparecimento.

– Anteriormente, Estados Unidos, China e Índia já tinham realizado testes similares no espaço ultraterrestre – garante Moscou.

– O Ministério da Defesa da Rússia considera hipócritas as declarações de representantes do Departamento de Estado e do Pentágono, que tentaram acusar a Federação da Rússia de criar “riscos” para os astronautas da EEI – diz ainda a nota.

O texto também lembra que, “durante vários anos”, Moscou vem pedindo aos Estados Unidos e a outras potências especiais que assinem um tratado para evitar o uso de armas no espaço.

– O rascunho desse tratado foi apresentado na ONU. No entanto, Estados Unidos e aliados estão bloqueando a adoção. Washington declara, abertamente, que não quer estar sujeito a nenhuma obrigação no espaço – diz o comunicado.

O Ministério da Defesa russo lembra, contudo, que os EUA criaram o Comando Especial em 2020 e que adotou uma nova estratégia espacial; um dos principais objetivos “é criar uma vantagem militar integral no espaço”.

– Por sua vez, o Pentágono, inclusive antes destes passos oficiais e mais ainda depois, está desenvolvendo ativamente e testando, sem notificações, em órbita as últimas armas de ataque e combate de vários tipos, inclusive as últimas modificações da nave espacial não tripulada X-37. As ações americanas são avaliadas como uma ameaça e são incompatíveis com os objetivos declarado do uso pacífico do espaço ultraterrestre – indica Moscou.

O ministério russo garante que “está realizado atividades planejadas para fortalecer a capacidade de defesa e excluir a possibilidade de danos repentinos à segurança do país no setor espacial e sobre o solo, por ativos espaciais estrangeiros existentes e futuros”.

*EFE

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