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Rússia anuncia retirada de seus diplomatas da Ucrânia

Medida tem por objetivo "proteger suas vidas e segurança"

Henrique Gimenes - 22/02/2022 17h20 | atualizado em 22/02/2022 17h46

Rússia decidiu retirar seus diplomatas da Ucrânia Foto: EFE/EPA/ALEXEI NIKOLSKY / SPUTNIK / KREMLIN POOL

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou nesta terça-feira (22) que está retirando seus últimos diplomatas da Ucrânia. A medida ocorre devido ao risco de eles sofrerem algum tipo de violência ou serem mortos por causa do aumento da tensão entre os dois países.

– Nossa primeira prioridade é cuidar dos diplomatas russos e funcionários da Embaixada e [dos] Consulados Gerais. Para proteger suas vidas e [sua] segurança, a liderança russa decidiu evacuar funcionários das missões russas na Ucrânia, que serão implementadas em um futuro muito próximo – disse o governo da Rússia.

No mesmo comunicado, 0 Ministério das Relações Exteriores russo afirmou que “desde 2014, a Embaixada da Rússia em Kiev e os Consulados Gerais de nosso país em Odessa, Lviv e Kharkiv foram submetidos a repetidos ataques”.

Além disso, apontou que “foram feitas regularmente provocações contra o Centro Russo de Ciência e Cultura em Kiev, [havendo] danos à saúde de seu chefe e danos também à propriedades do Centro. Diplomatas russos também se tornaram objetos de ações agressivas. Eles receberam ameaças de violência física. Seus veículos foram incendiados. Contrariamente às suas obrigações sob as Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares, as autoridades de Kiev não reagiram ao que estava acontecendo”.

ENTENDA A TENSÃO
Nos últimos meses, a Rússia e a Ucrânia têm estado sob a forte tensão de uma iminente invasão russa.

Embora o presidente Vladimir Putin negasse qualquer intenção de invadir o país vizinho, imagens de satélite revelaram milhares de militares russos montando acampamentos próximos à fronteira com a Ucrânia.

Putin também enviou o maior contingente de soldados para Belarus desde a Guerra Fria, com alguns destacamentos posicionados há apenas duas horas da capital ucraniana, Kiev.

No dia 21 de fevereiro, o presidente russo reconheceu duas regiões separatistas da Ucrânia como independentes: Donetsk e Luhansk. Em ambos os locais, há confrontos separatistas.

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