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Monique Mello - 22/02/2022 16h48 | atualizado em 22/02/2022 17h14

Presidente da Rússia, Vladimir Putin, enviou tropas para o Leste da Ucrânia Foto: EFE/EPA/Alexei Nikolsky

Em coletiva de imprensa nesta terça-feira (22), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu a desmilitarização da Ucrânia, citando as armas que recebe de seus aliados ocidentais.

– Se nossos supostos parceiros estão enchendo as autoridades de Kiev com armas modernas, então o ponto mais importante é, em certa medida, a desmilitarização da atual Ucrânia – disse.

Putin desencorajou a Ucrânia a juntar-se à Otan e voltou a acusar o país do Leste Europeu de planejar adquirir armas nucleares, o que classificou como uma ameaça.

Também nesta terça, o Ministério das Relações Exteriores da Rússia informou que decidiu retirar seu pessoal diplomático da Ucrânia, apontando para ameaças recebidas por eles. A pasta disse que os diplomatas russos em solo ucraniano receberam múltiplas ameaças, acrescentando que eles serão retirados “o mais breve possível”.

A medida é tomada após a Rússia reconhecer as regiões rebeldes de Donetsk e Luhansk como independentes e após um voto do Parlamento russo permitir que o presidente Vladimir Putin use forças militares na Ucrânia. Mais cedo, o Legislativo russo autorizou Putin a usar força militar fora do país, o que pode ser um presságio de um ataque mais amplo à Ucrânia.

A TENSÃO
Nos últimos meses, a Rússia e a Ucrânia têm estado sob a forte tensão de uma iminente invasão russa.

Embora o presidente Vladimir Putin negasse qualquer intenção de invadir o país vizinho, imagens de satélite revelaram milhares de militares russos montando acampamentos próximos à fronteira com a Ucrânia.

Putin também enviou o maior contingente de soldados para Belarus desde a Guerra Fria, com alguns destacamentos posicionados há apenas duas horas da capital ucraniana, Kiev.

Nas últimas semanas, os esforços diplomáticos para acalmar as tensões não chegaram a uma conclusão. Foi reconhecida pelo presidente russo Vladimir Putin, na segunda-feira (21), a independência de Donetsk e Luhansk, duas áreas separatistas ucranianas.

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