Leia também:
X Biden anuncia a maior sanção econômica já vista na história

Putin diz que Rússia está preparada para novas sanções

Rússia é alvo de amplas sanções econômicas de países ocidentais

Pleno.News - 24/02/2022 16h36 | atualizado em 24/02/2022 16h54

Vladimir Putin, presidente da Rússia Foto: EFE/EPA/THIBAULT CAMUS

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disseram nesta quinta-feira (24) que a Rússia criou ferramentas de segurança suficientes para sobreviver à volatilidade do mercado e que o país “está preparado” para novas sanções e restrições por nações de todo o mundo.

À mídia estatal, Putin enfatizou aos líderes estrangeiros que eles não deveriam empurrar a Rússia para fora do sistema econômico global.

– Não vamos infligir danos ao sistema da economia mundial em que nós mesmos estamos. Parece-me que nossos parceiros devem entender isso e não se impor a tarefa de nos empurrar para fora desse sistema – disse ele.

Peskov, por sua vez, disse que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para garantir que a reação do mercado seja a mais breve possível. A Rússia prometeu responder de maneira severa às sanções anunciadas pela União Europeia (UE), afirmando que elas “não vão impedir” Moscou de ajudar os separatistas pró-russos da Ucrânia.

– Conforme o princípio da reciprocidade, que é a base do direito internacional, vamos tomar severas medidas de retaliação – declarou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, em um comunicado.

– Essas medidas pouco amistosas da UE contra a Rússia não vão impedir o desenvolvimento progressivo dos laços entre Moscou e os separatistas ucranianos e “a entrega de ajuda” a esses grupos pró-russos.

Os países ocidentais preparam uma bateria de amplas sanções econômicas contra a Rússia, no intuito de bloquear seu acesso aos mercados da Europa e dos Estados Unidos. A UE já instaurou uma “restrição” às capacidades de financiamento do Estado russo, de seu governo e Banco Central.

Depois que o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou o reconhecimento dos separatistas, Berlim suspendeu a certificação do estratégico gasoduto Nord Stream 2, uma infraestrutura já concluída para levar energia da Rússia para a Alemanha.

PRISÕES
Dezenas de pessoas foram presas nesta quinta-feira em diferentes protestos em Moscou contra a guerra da Rússia na Ucrânia, segundo correspondentes da AFP e portais de notícias locais.

A polícia antidistúrbios russa prendeu dezenas de pessoas na praça Pushkin, em Moscou, enquanto em São Petersburgo, a antiga capital imperial, cerca de 20 pessoas foram detidas.

Autoridades russas advertiram que reprimiriam qualquer manifestação “não autorizada” contra a guerra na Ucrânia. De acordo com o portal independente Meduza, os protestos também foram organizados em outras cidades russas e também nelas ocorreram prisões.

Só na capital russa, cerca de 700 pessoas participam do ato contra a operação russa na Ucrânia, relata o portal, que atua com o status de “agente estrangeiro” no país. Os manifestantes marcham pelas avenidas centrais da capital com gritos de “não à guerra”.

Entre os presos em Moscou pela manifestação contra a guerra na Ucrânia estão a ativista Marina Litvinovich e o diretor de teatro Yevgeny Berkovich. As autoridades russas advertiram hoje contra a organização de ações em massa não autorizadas, dizendo que a violação da lei pode levar a várias punições, incluindo responsabilidade criminal.

*AE com agências internacionais

Leia também1 Biden: 'G7 irá aplicar sanções devastadoras contra a Rússia'
2 "Acho que Putin não vai parar na Ucrânia", avalia Ernesto Araújo
3 Quase 800 manifestantes contra a guerra são presos na Rússia
4 “Putin não ouviu a mensagem de paz de Bolsonaro”, diz ministro
5 Em Chernobyl, Rússia vence batalha e captura usina nuclear

Siga-nos nas nossas redes!
WhatsApp
Entre e receba as notícias do dia
Entrar no Canal
Telegram Entre e receba as notícias do dia Entrar no Grupo
O autor da mensagem, e não o Pleno.News, é o responsável pelo comentário.