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Putin diz a Macron que Rússia não desistirá de seus objetivos

Presidente russo deu declarações neste domingo, durante conversa via telefone

Pleno.News - 06/03/2022 17h54 | atualizado em 07/03/2022 10h13

Vladimir Putin e Emmanuel Macron Foto: EFE/EPA/ALEXEI DRUZHININ / SPUTNIK / KREMLIN POOL

Neste domingo (6), o presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ao presidente da França, Emmanuel Macron, que não tem intenção de renunciar aos quatro objetivos que estabeleceu no que chama de “operação militar especial” na Ucrânia. A ação dos russos é classificada como invasão por diversas nações do Ocidente.

A conversa por telefone, que teve a realização confirmada pelo Palácio do Eliseu, durou cerca de uma hora e 45 minutos. Nela, Putin se mostrou inflexível com as exigências de que Kiev ceda em todas as questões colocadas por Moscou, porque tem intenção de “alcançar todos os objetivos com negociação ou guerra”.

As quatro reinvindicações russas são a “desnazificação” da Ucrânia, assim como a desmilitarização do país vizinho, com renúncia de entrada na Otan e de manter um Exército, além do reconhecimento da independência da Crimeia e da região do Donbas.

Macron reforçou as “preocupações e exigências no campo humanitário e político”, para que seja colocado um “fim à invasão da Ucrânia”.

Segundo o Eliseu, trata-se de criar corredores humanitários e as condições para uma negociação da qual as autoridades ucranianas se mostraram dispostas a participar.

Sobre a proposta do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, de que a Polônia entregue caças para a Ucrânia, a posição francesa é que entregar armamento para Kiev, assim como as sanções econômicas, devem servir para “aumentar o custo da guerra para Putin”.

No entanto, Macron pontuou que “nós não fazemos a guerra” e , por fim, “mais do que armas, o que faz falta é uma negociação” que ofereça opções para a Ucrânia.

Para o presidente francês, Putin precisa avaliar o impacto que haverá para o país seguir na guerra e não respeitar a soberania e a integridade territorial ucraniana.

França e aliados europeus estão trabalhando em um novo pacote de sanções, sendo que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, revelou conversas para que seja proibida a importação de petróleo russo.

Para a Europa, contudo, a questão é considerada mais sensível, devido a forte dependência do gás da antiga república soviética, representando 40% do consumo total.

Ainda hoje, Macron se reuniria com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e com o primeiro-ministro de Israel, Naftali Benet, que no sábado (5) esteve com Putin em Moscou.

*EFE

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