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Procurador vincula presidente de Honduras a traficante

Nome de Juan Orlando Hernández foi citado durante julgamento

Pleno.News - 19/03/2021 16h39 | atualizado em 19/03/2021 16h40

Juan Orlando Hernández, presidente de Honduras Foto: EFE/EPA/MICHAEL REYNOLDS

Nesta sexta-feira (19), o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, voltou a ser vinculado ao suposto traficante de drogas Geovanny Fuentes Ramírez durante a alegação final do procurador americano Michael Dennis Lockard, em julgamento aberto contra Ramírez, acusado de tráfico de cocaína e posse de armas.

– Tony Hernández (irmão do presidente hondurenho) é, assim como Juan Orlando Hernández, um dos parceiros de narcotráfico do acusado. É o homem que comandava o tráfico para Orlando – afirmou Lockard.

Em suas declarações, ele se referiu a membros do júri durante o resumo das duas semanas de audiências desde o início do julgamento.

Durante mais de uma hora, a procuradoria lembrou as declarações da principal testemunha, o ex-líder do cartel hondurenho de Los Cachiros, Devis Leonel Rivera Maradiaga, e de duas testemunhas protegidas que prestaram depoimentos com nomes falsos e corroboraram com a informação de Rivera.

INÍCIO EM MIAMI
Segundo o relato da acusação, na década passada, o acusado o e também traficante Melvin Sandres, conhecido como Metro, vendiam cocaína em Miami. Temendo serem descobertos, voltaram a Honduras, onde Fuentes Ramírez, com a ajuda de Metro, primo dos líderes de Los Cachiros, começou a trabalhar com o cartel para ajudá-los a transportar carregamentos de droga da Colômbia para a fronteira da Guatemala a caminho do México e, depois, para os Estados Unidos.

O procurador recordou o transporte de três supostos carregamentos com um total de 1,5 mil quilos de cocaína.

– Mas o acusado não estava satisfeito protegendo a cocaína de outra pessoa. Ele queria ser o líder, queria ser quem comprava e vendia a cocaína para si mesmo – disse Lockard ao júri.

A acusação afirma que foi isso que levou Fuentes Ramírez a comprar cocaína diretamente e vendê-la e a abrir um laboratório de drogas para processar a pasta base de cocaína importada da Colômbia em cocaína com a intenção de aumentar os lucros.

O laboratório era protegido com armas automáticas, fuzis de assalto e lança-granadas, armamento com o qual também protegeu os carregamentos de droga de Los Cachiros quando trabalhou com eles.

JUAN ORLANDO HERNÁNDEZ, “SÓCIO” DO ACUSADO
Trata-se de um negócio para o qual buscou apoio, segundo a acusação, do presidente Juan Orlando Hernández e seu irmão Tony, após Los Cachiros terem virado as costas. Lockard disse que Ramírez subornou Juan Orlando Hernández em troca de proteção, assim como Los Cachiros fizeram.

– Mas Juan Orlando Hernández não queria apenas o dinheiro do acusado. Ele queria ter acesso à cocaína do acusado. O laboratório do acusado ficava a pouca distância do maior porto de Honduras, Puerto Cortez, e Juan Orlando queria que a cocaína do acusado fosse exportada de lá – disse o procurador.

Lockard acrescentou que Hernández ofereceu ao acusado o contato de seu irmão Tony.

DEFESA ATACA DEPOIMENTO DE RIVERA
O advogado de Fuentes Ramírez, Abraham Moskowitz, concentrou a sua defesa em desacreditar o testemunho do líder de Los Cachiros, que apareceu como testemunha em cooperação com o governo.

– Leonel Rivera é a chave. E, se não acreditam nele, não há dúvida razoável (para condenar o acusado), e há muitas razões para não acreditar em Leonel Rivera. É um dos traficantes de droga mais importantes do mundo, traficava mais de 100 toneladas de cocaína nos Estados Unidos – disse Moskowitz.

A defesa também ressaltou que o próprio Rivera admitiu ter matado e ordenado o assassinato de 78 pessoas.

– Esse homem não tem moral, não tem escrúpulos e provavelmente não tem alma: não se pode acreditar nele – concluiu Moskowitz.

*Com informações da Agência EFE

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