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Premiê do Japão é retirado às pressas de evento após explosão

Fumio Kishida teria comício em um porto na cidade de Wakayama, mas deixou local às pressas

Pleno.News - 15/04/2023 09h34 | atualizado em 17/04/2023 17h11

Homem é preso por suspeito de ataque a bomba em comício no Japão Foto: EFE/EPA/Jiji Press

O primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, foi retirado, neste sábado (15), de um comício eleitoral após a ocorrência de uma explosão, que não feriu o governante, segundo informaram as autoridades, que detiveram imediatamente o suposto responsável pela detonação do artefato.

O incidente ocorreu no porto da cidade de Wakayama por volta das 11h30 (hora local, 23h30 de sexta-feira em Brasília), quando uma forte explosão e uma coluna de fumaça branca subiu do local onde estava programado o discurso de campanha de Kishida e no qual havia 200 pessoas reunidas para ouvi-lo.

– Vi que algo foi lançado, mas consegui escapar e nesse tempo ouvi a explosão – disse o primeiro-ministro japonês.

O premiê ainda informou que, apesar do incidente, “vai continuar com seus atos eleitorais agendados” para este sábado e este domingo (16). As declarações foram concedidas a um alto funcionário de seu partido e coletadas pela emissora estatal NHK.

– Vamos realizar uma eleição importante para o nosso país e devemos trabalhar juntos para mantê-la – declarou Kishida em outro discurso de campanha realizado neste sábado perto da estação ferroviária de Wakayama, cerca de uma hora após o incidente.

As autoridades japonesas prenderam um homem no local do incidente como suposto responsável pelo lançamento do objeto explosivo que, segundo testemunhas oculares e imagens captadas pela imprensa, era um cilindro de metal que poderia ser uma bomba tubo.

Nas imagens feitas pela NHK no local, é possível ver como uma pessoa que estava a cerca de dez metros de distância joga um tubo de metal nas costas de Kishida, que se vira com seus seguranças e olha para o chão antes de ser evacuado às pressas.

Ao mesmo tempo, uma pessoa do público se lança sobre o jovem que havia arremessado o objeto e logo outros dois seguranças se aproximaram, conseguindo derrubá-lo no chão. Após o primeiro-ministro deixar o local, pode-se ouvir o dispositivo explodindo, enquanto o homem deixa cair um segundo tubo de metal.

AGRESSOR IDENTIFICADO
As autoridades japonesas confirmaram que o detido é um homem de 24 anos chamado Ryuji Kimura, que também carregava um segundo artefato explosivo, embora suas motivações ainda sejam desconhecidas.

O jovem é morador da cidade de Kawanishi, na província de Hyogo, no oeste do país, segundo a carteira de habilitação que tinha consigo, já que teria se recusado a falar com as autoridades, segundo relatos da imprensa local.

No momento da prisão, Kimura carregava uma mochila e outro objeto de metal, que se acredita ser uma segunda bomba caseira, e agora está sob custódia, embora tenha se recusado a depor até a chegada de seu advogado.

SEMELHANÇAS COM ASSASSINATO DE ABE
Os comícios eleitorais costumam ser realizados no Japão no meio da rua e com poucas medidas de segurança, devido ao baixo índice de criminalidade e ataques com armas no país asiático.

No entanto, o incidente de hoje ocorreu depois que o ex-primeiro-ministro japonês Shinzo Abe morreu em julho do ano passado após ser baleado nas costas com uma arma de fogo caseira, enquanto participava de um ato eleitoral do mesmo tipo na cidade de Nara.

O Executivo e o governista Partido Liberal Democrático (PLD) condenaram o incidente deste sábado, que antecede mais uma rodada de eleições locais marcadas para a próxima semana para eleger prefeitos e deputados.

– É extremamente lamentável que isso aconteça durante o período eleitoral, que é a base da democracia, e é um ato imperdoável – afirmou Hiroshi Moriyama, diretor do comitê de campanha eleitoral do PLD.

Além disso, o evento ocorre no mesmo final de semana em que o Japão sedia duas reuniões ministeriais do G7, de Relações Exteriores e de Energia e Meio Ambiente. Uma cúpula de líderes desse grupo de países está marcada para o final do próximo mês na cidade de Hiroshima.

*EFE

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