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Primeiro-ministro da Itália diz que vai renunciar ao cargo

Decisão ocorre após o partido M5S, um dos principais parceiros de Mario Draghi, ter escolhido não votar uma moção de confiança no Senado

Pleno.News - 14/07/2022 15h17 | atualizado em 14/07/2022 15h56

Primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi Foto: EFE/EPA/Angelo Carconi

O primeiro-ministro da Itália, Mario Draghi, apresentará sua renúncia nesta quinta-feira (14) após a crise gerada na coalizão governamental por um dos principais parceiros, o Movimento Cinco Estrelas (M5S). O anúncio foi comunicado pelo próprio Draghi aos integrantes do governo no Conselho de Ministros, segundo fontes de seu entorno.

A decisão ocorre após o M5S ter escolhido na manhã desta quinta não votar uma moção de confiança no Senado, distanciando-se dos demais parceiros da coalizão de unidade nacional que Draghi lidera desde fevereiro de 2021.

– Gostaria de anunciar que nesta tarde vou apresentar a minha renúncia ao presidente da República. A votação de hoje no Parlamento é um acontecimento muito significativo do ponto de vista político – disse Draghi ao Conselho de Ministros reunido em Roma.

Segundo o premiê, “a maior parte da unidade nacional que sustentou este governo desde a sua criação não existe mais e o pacto de confiança na qual se sustentava a ação do governo terminou”. Draghi já tinha avisado que não governaria sem o M5S, embora a sua saída da coalizão não impedisse a sua continuidade, uma vez que continuou a contar com o apoio de uma confortável maioria.

O último impasse entre o Draghi e o líder do M5S, Giuseppe Conte, o seu antecessor no cargo, foi um decreto com ajudas contra a inflação que o partido considera “insuficiente” e que critica por incluir medidas como o financiamento de um incinerador de resíduos para a cidade de Roma.

– Nos últimos dias, houve o maior empenho da minha parte em seguir um caminho comum, tentando compreender as exigências que as forças políticas me apresentaram. Como evidenciado pelo debate e votação de hoje no Parlamento, esse esforço tem sido insuficiente – lamentou o premiê.

Draghi assumiu o governo em fevereiro de 2021 para lidar com a crise da pandemia de Covid-19, após a queda de Conte, com uma coalizão que incluía todos os partidos exceto o partido de direita Irmãos de Itália, de Giorgia Meloni.

– No meu discurso de posse no Parlamento, sempre disse que este governo só deveria continuar se tivesse a clara perspectiva de poder implementar o programa governamental em que todas as forças políticas tinham votado – explicou.

Quando Draghi renunciar perante o presidente, será Mattarella quem decidirá quais medidas serão tomadas, desde nomear outra pessoa para governar ou até mesmo convocar uma eleição antecipada e não esperar pelo fim da legislatura, em março de 2023, como cada vez mais partidos políticos estão exigindo.

*EFE

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