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Para Duque, Venezuela "é claramente a ditadura mais brutal que a América Latina já viu em sua história recente"

Pierre Borges - 07/04/2021 17h47 | atualizado em 07/04/2021 17h55

Iván Duque pediu “mais pressão” contra Maduro Foto: EFE/Presidência da Colômbia

O presidente da Colômbia, Iván Duque, pediu à União Europeia (UE), em entrevista publicada nesta quarta-feira (7) pelo jornal espanhol El Mundo, “mais pressão” contra o governo de Nicolás Maduro na Venezuela, que, em sua opinião, “é claramente a ditadura mais brutal que a América Latina já viu em sua história recente”.

Duque levanta vários propósitos “muito claros” para somar aos esforços da comunidade internacional: o fim da “ditadura”, um processo por meio de um governo de transição, com ampla representação e eleições livres, que são “três condições” cruciais.

Questionado sobre o que a UE pode fazer, Duque disse que seu apoio na resposta à crise migratória venezuelana é “fundamental” e que é “particularmente importante a pressão”, a qual deve continuar sendo exercida pela restauração da democracia na Venezuela.

– Acredito que cada vez mais pressão é necessária e também mais articulação dessa pressão […] Bruxelas deve ajudar a democracia a vencer na Venezuela – insiste Duque na entrevista ao El Mundo.

Sobre a situação naquele país, ele cita os desafios humanitários de segurança e de saúde.

Ele denuncia como “algo gravíssimo” a “conivência e [a] proteção permanente que a ditadura venezuelana dá aos grupos terroristas e [aos] narcotraficantes em seu território”.

Segundo Duque, “a destruição social, a ignomínia e tudo o que seja o aniquilamento do aparelho produtivo venezuelano detonaram a maior crise migratória do mundo hoje”.

Ele explica que há “cerca de seis milhões de pessoas” que deixaram o território venezuelano por este motivo e que a Colômbia recebeu 34% delas. “Abordamos esta crise com um sentido humanitário e fraterno”, destaca Duque.

Mas ele lamenta uma “desproporção muito grande” em relação a outras crises, em termos de contribuições da comunidade internacional por migrante, de US$ 3 mil na Síria, US$ 1,6 mil no Sudão e apenas US$ 300 no caso venezuelano, segundo dados do Brookings Institution, de Washington, citados por ele.

– Sejamos realistas. A Colômbia não pode lidar de forma sustentável com uma crise como esta se a comunidade internacional não prestar atenção – argumenta Duque.

Diante dessa crise humanitária, agravada pela pandemia da Covid-19, a Colômbia deveria ter “mais capacidade” de gerir os recursos. “Precisamos de ajuda humanitária”, finalizou Duque.

*EFE

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