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Fernández diz que oposição não irá tirá-lo por impeachment

Presidente argentino também enfrenta denúncia por abuso de autoridade e violação dos deveres de funcionário público

Pleno.News - 17/08/2021 07h42 | atualizado em 17/08/2021 12h21

Presidente da Argentina, Alberto Fernández Foto: EFE/Christphe Petit Tesson

Nesta segunda-feira (16), o presidente da Argentina, Alberto Fernández, advertiu a oposição de que ela não conseguirá tirá-lo do poder por causa de uma celebração que aconteceu em sua casa, no auge das restrições da pandemia da Covid-19, em 2020.

– Se alguém pensa que vai me derrubar por causa de um erro que cometi, vai é me fortalecer – afirmou.

Fernández deu as declarações durante um evento de lançamento de um centro de inovação universitária, na província de Buenos Aires.

Fernández se disse responsável pela comemoração do aniversário de sua esposa na residência presidencial.

Na semana passada, o vazamento de fotos da festa da primeira-dama, Fabiola Yáñez, provocou um escândalo em meio à campanha das eleições legislativas de novembro e levou a oposição a tentar o impeachment de Fernández.

Nesta segunda-feira, o presidente argentino abriu fogo contra a oposição, afirmando que ela “nunca” o ouvirá pedir desculpas por políticas e ações como as realizadas pelo governo de seu antecessor, Mauricio Macri (2015-2019), líder da principal ala da oposição.

– Eles nunca terão que me fazer pedir desculpas porque me ajoelhei diante do Fundo Monetário Internacional (FMI) e endividei a Argentina e gerações de argentinos – declarou.

JUSTIÇA INVESTIGA FESTA
Este foi o segundo pronunciamento do presidente argentino depois da publicação de imagens, nas primeiras páginas dos principais jornais do país, na última sexta-feira (13), que mostravam cerca de dez pessoas, incluindo o próprio Fernández, na comemoração do aniversário da primeira-dama.

A festa aconteceu em 14 de julho de 2020, como Fernández admitiu, quando a Argentina estava sob um decreto presidencial com duras restrições sanitárias devido à pandemia e que incluía a proibição de reuniões sociais.

O presidente argentino também está enfrentando uma denúncia na Justiça por violação de medidas para evitar uma epidemia, abuso de autoridade e violação dos deveres de um funcionário público.

A queixa foi apresentada em 28 de julho por dois ativistas da oposição, quando foi publicado o registro de visitas à residência presidencial durante a quarentena rigorosa, em vigor em 2020, e o procurador Ramiro Gonzalez decidiu prosseguir com a investigação, que foi posteriormente ampliada quando vazaram fotos do aniversário da primeira-dama.

*EFE

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