Pleno.News - 24/01/2021 11h18 | atualizado em 25/01/2021 17h26

O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou neste domingo (24) que serão empreendidas ações legais contra a companhia farmacêutica AstraZeneca, pela redução do lote de vacinas contra o novo coronavírus destinado ao país.

– Recorreremos a todos os instrumentos e a todas as iniciativas legais, como já estamos fazendo com Pfizer e BioNtech, para reivindicar o respeito aos compromissos contratuais e proteger nossa comunidade nacional – garantiu o chefe de governo, em postagem nas redes sociais.

O ministro da Saúde da Itália, Roberto Speranza, reuniu-se com os diretores da AstraZeneca no país e recebeu a confirmação da redução dos envios de lotes, por causa de problemas na produção do agente imunizante.

A previsão atual é da entrega de 3,4 milhões de doses de vacina, em vez dos 8 milhões estipulados para o primeiro trimestre deste ano, assim que a AstraZeneca receber o sinal verde da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), o que deve acontecer antes da próxima sexta-feira.

– Tudo isso é inaceitável. Nosso plano de vacinação, aprovado pelo Parlamento e notificado pela Conferência Estado-Regiões, foi elaborado com base nos compromissos contratuais livremente firmados pelas farmacêuticas e pela Comissão Europeia – afirmou Conte.

O primeiro-ministro admitiu que as campanhas regionais de vacinação precisarão ser desaceleradas, o que provocará “danos enormes à Itália e ao restante dos países europeus, com consequências diretas na vida e na saúde” da população.

A Itália também estuda ações contra a Pfizer, a fabricante do agente imunizante que está sendo aplicado atualmente lá, assim como o da Moderna. A medida se daria também devido ao atraso nas entregas.

A preocupação maior na atualidade é o atraso na aplicação da segunda dose do composto da AstraZeneca, que deve ser injetado três semanas depois da primeira dose.

A Itália é um dos países europeus em que há mais avanço na campanha de vacinação. Até ontem, 1.343.880 de doses foram aplicadas, e 71.694 são consideradas totalmente imunizadas, após terem recebido as duas doses da vacina.

*Com informações da Agência EFE

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