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Povo derruba estátua de Hugo Chávez em protesto na Bolívia

Bolivianos tomaram as ruas contra a vitória de Evo Morales nas eleições

Gabriela Doria - 22/10/2019 15h17 | atualizado em 23/10/2019 19h57

Estátua de Hugo Chávez é derrubada por manifestantes Foto: Reprodução

A suposta vitória de Evo Morales nas eleições presidenciais na Bolívia despertou a fúria de milhares de manifestantes. Na madrugada desta terça-feira (22), o povo se reuniu e derrubou a estátua de Hugo Chávez, na cidade de Ribeiralta.

Hugo Chávez governou a Bolívia por 14 anos e deixou o poder apenas em sua morte, em 2013. Chávez foi considerado por muitos um ditador comunista.

Na mesma linha segue Evo Morales, cuja eleição é vista com desconfiança, uma vez que a apuração dos votos indicava uma diferença de menos de 1% entre ele e seu rival, Carlos Mesa. Na Bolívia, é preciso haver uma diferença de pelo menos 10% entre o primeiro e o segundo colocado para que se vença uma eleição ainda em primeiro turno.

Na noite passada, a repentina divulgação por parte do Tribunal Supremo Eleitoral de uma contagem provisória paralela, extra-oficial, que dava a Morales a vitória já no primeiro turno – embora no domingo tivesse sido interrompida quando tudo indicava um segundo turno com Mesa – gerou protestos com distúrbios pelo país.

A missão de observadores da Organização dos Estados Americanos (OEA) classificou como “inexplicável” a mudança de tendência e advertiu que o fato “gera perda de confiança no processo eleitoral”.

A embaixada dos Estados Unidos na Bolívia pediu ao tribunal eleitoral que “atue imediatamente para restaurar a credibilidade no processo de contagem de votos” e alertou os cidadãos americanos a se precaverem diante de episódios de violência.

O presidente da Bolívia, Evo Morales, convocou nesta terça-feira embaixadores e observadores de organizações internacionais na sede do governo, em La Paz.

As empresas estatais de fornecimento de combustíveis e alimentos garantem que a situação é de normalidade no país, após uma noite de longas filas em postos de gasolina e supermercados. As sedes regionais do tribunal eleitoral sofreram ataques em vários departamentos do país.

*Com informações da agência EFE

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