Paulo Moura - 03/08/2019 15h12

Neste sábado (3), moscovitas foram novamente às ruas para criticar a falta de liberdade no sistema eleitoral russo e o mecanismo institucional que, segundo a oposição ao governo, sustenta o presidente Vladimir Putin. Essa foi a terceira semana seguida dos atos.

De acordo com a agência Reuters, 685 pessoas foram detidas por participar de protesto sem autorização oficial. O número só não foi maior do que em 27 de julho, quando 1.373 manifestantes foram para a cadeia. Desse número, 60 foram condenados a um mês de prisão, e 164, a pagar multas.

A atual onda de manifestações é a terceira desde 2012, quando houve os maiores protestos desde o fim da União Soviética, em 1991. O alvo então era Putin, recém-reeleito. O estopim agora é o sistema eleitoral, que dificulta ao máximo o registro de candidatos.

A oposição ao presidente russo afirma que as autoridades querem bloquear seus candidatos nas eleições de setembro para a Duma municipal, um misto de Câmara de Vereadores e Assembleia Legislativa de Moscou. A medida seria para evitar que, caso entrem no Parlamento de Moscou, opositores descubram e denunciem os circuitos de corrupção e desvio na gestão da capital do país.

*Folhapress

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