Paulo Moura - 08/12/2022 08h54 | atualizado em 08/12/2022 10h11

O ex-presidente golpista do Peru, Pedro Castillo, foi transferido na madrugada desta quinta-feira (8) para a sede da Diretoria de Operações Especiais (Diroes), no distrito de Ate. O local é o mesmo em que está detido o ex-ditador Alberto Fujimori, que governou o país entre 1990 e 2000 até ser preso por corrupção e abusos dos direitos humanos.

Quem também já esteve preso no local foi o ex-presidente peruano Ollanta Humala, acusado de receber propina das construtoras OAS e Odebrecht.

Antes de ser levado de helicóptero para a sede da Diroes, Castillo ficou por cerca de sete horas em um complexo policial no Centro de Lima.

O agora ex-presidente do país acabou preso após divulgar uma mensagem na qual anunciou o fechamento temporário do Congresso e a convocação de novas eleições parlamentares. No entanto, o Congresso Nacional do Peru agiu rapidamente e com 101 votos a favor, seis contra e dez abstenções, aprovou a vacância por incapacidade moral de Pedro Castillo.

Jornais peruanos chegaram a divulgar que, após anunciar o golpe, Pedro Castillo pretendia pedir asilo na Embaixada do México. Os militares que acompanhavam o agora ex-presidente, no entanto, perceberam a manobra e impediram a tentativa de fuga.

Com a saída de Castillo, quem assumiu o comando do país foi a até então vice-presidente do Peru, Dina Boluarte. Assim, ela se torna a primeira mulher presidente do Peru e permanecerá no mandato até julho de 2026. É a sexta vez que o país tem um novo presidente em menos de cinco anos.

Leia também1 Peru: Lula diz que destituição de Pedro Castillo é legal
2 Saiba quem é Pedro Castillo, ex-presidente do Peru, que foi preso
3 Brasil diz acompanhar situação no Peru com “preocupação”
4 Imagens mostram o momento da prisão de Pedro Castillo
5 Lula convidou peruano Castillo, que quis dar golpe, para posse