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Camille Dornelles - 09/01/2019 14h50

Trio paraguaio foi condenado pelo sequestro da nora de ex-ministro Foto: Arquivo UH

O governo do Paraguai anunciou, nesta quinta-feira (9), que irá solicitar o cancelamento do refúgio dado a três ativistas políticos de esquerda pelo Brasil. O pedido já havia sido feito em 2004, 2008 e 2010, mas negado.

O vice-chanceler paraguaio, Hugo Saguier, viajará a Brasília nesta sexta-feira para solicitar o cancelamento, revogação e cessação da condição de refugiados do trio. Saguier discutirá o caso com o chanceler brasileiro, Ernesto Araújo.

Juan Arrom, Anuncio Martí e Víctor Colmán pediram abrigo no Brasil em dezembro de 2003, afirmando que foram vítimas de tortura em seu país. Eles foram condenados pela Justiça paraguaia por envolvimento no sequestro da nora do ex-ministro da Fazenda Enzo Debernardi, María Edith Bordón.

O presidente Marito Abdo falou sobre pedir a extradição dos três em outubro, um dia depois da eleição de Jair Bolsonaro.

O CASO
A parente do ex-governista do Paraguai ficou presa em cativeiro durante 64 dias. Ela só foi libertada após o pagamento do resgate, de 300 mil dólares. Antes do julgamento, os dois primeiros desapareceram e foram libertados com sinais de tortura.

O caso provocou a renúncia de dois ministros e de três chefes da polícia paraguaia.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) concluiu no final do ano passado que o Paraguai é responsável de uma violação de direitos, alegando que foi quebrado o “princípio de presunção de inocência das vítimas” ao emitir propaganda estatal que os qualificava de responsáveis de um sequestro sem condenação firme.

*Com informações da Agência EFE

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