Monique Mello - 18/03/2022 13h42 | atualizado em 21/03/2022 16h01

Em comunicado enviado ao Comitê do Prêmio Nobel, membros do Parlamento Europeu pediram a reabertura do processo de nomeação e que sejam considerados o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e o povo ucraniano na corrida ao Nobel da Paz.

– Bravos homens e mulheres ucranianos estão lutando para preservar a democracia e o autogoverno. Do desafio do presidente ucraniano democraticamente eleito, Volodymyr Zelensky, ao homem com lágrimas nos olhos dizendo adeus à sua família para lutar por seu país: pessoas de toda a Ucrânia estão se levantando para resistir às forças do autoritarismo. Nossas palavras de simpatia e apoio dificilmente podem fazer justiça aos sacrifícios que eles fazem pelos princípios dos direitos humanos e da paz – diz um trecho do comunicado.

O Prêmio da Paz é entregue em cerimônia anual normalmente em 10 de dezembro (aniversário da morte de Alfred Nobel, criador do prêmio) em Oslo, Noruega. No entanto a nomeação dos candidatos se encerra muitos meses antes. Por esse motivo, alguns políticos pedem uma “exceção” por Zelensky.

– Acreditamos que agora é a hora de mostrar ao povo da Ucrânia que o mundo está do seu lado. Por isso, pedimos humildemente que você, o Comitê, considere: estendendo e reabrindo o procedimento de indicação ao Prêmio Nobel da Paz até 31 de março de 2022 para permitir uma indicação ao Prêmio Nobel da Paz para o presidente Zelensky e o povo da Ucrânia – diz outro trecho do pedido.

Nome até então desconhecido em boa parte do mundo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ganhou os noticiários internacionais desde o mês passado por estar no meio de um embate com a Rússia, que invadiu o país governado por ele.

Leia também1 Netflix volta a exibir série de comédia do presidente Zelensky
2 Putin cita Bíblia para defender guerra e fala em 'salvar' Ucrânia
3 Ataques em Kiev atingem creche e escola e deixam um morto
4 Mãe de 12 filhos, médica morre em guerra na Ucrânia: 'Heroína'
5 Guerra acabará com o governo Putin na Rússia, avalia ex-aliado