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Organização denuncia agressões a jornalistas em Cuba e corte de internet

Informações constam em comunicado divulgado nesta segunda-feira

Pleno.News - 12/07/2021 19h38 | atualizado em 12/07/2021 19h39

A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) condenou nesta segunda-feira (12) a prisão e os ataques a jornalistas independentes em Cuba durante os protestos ocorridos no domingo (11). A organização denunciou a interrupção do serviço de internet enquanto as manifestações estavam sendo transmitidas nas redes sociais.

Em comunicado, a organização regional também denunciou o apelo ao uso da força “com a clara intenção de restringir as liberdades de associação, imprensa e expressão”.

Durante os protestos sociais que grupos de cidadãos realizaram em diversas cidades e províncias do país, “vários jornalistas foram atacados e presos arbitrariamente”, denunciou a SIP.

Entre os jornalistas agredidos estão Héctor Luis Valdés, do portal ADN Cuba, e o fotojornalista Ramón Espinosa, da agência Associated Press, que foram atacados por agentes das forças de segurança enquanto cobriam as manifestações na capital Havana.

Até o momento, não se sabe quantos jornalistas foram “censurados” e quem “teve seus telefones celulares e equipamentos de trabalho confiscados e estão sofrendo a interrupção das comunicações pela internet”, acrescentou o comunicado.

– Condenamos as agressões do regime contra as pessoas que se manifestavam e também contra os jornalistas que cobriam os eventos”, especialmente o apelo do presidente cubano Miguel Díaz-Canel pelo “uso da força, com a clara intenção de restringir as liberdades de associação, imprensa e expressão – disse o presidente da SIP, Jorge Canahuati.

Milhares de cubanos foram às ruas para protestar contra o governo. Houve repressão policial, com saldo de centenas de prisões e confrontos depois que Díaz-Canel convocou seus apoiadores na televisão a enfrentar os manifestantes e defender a Revolução de 1959.

Segundo a SIP, as manifestações estavam sendo transmitidas ao vivo no Facebook quando o serviço de internet foi subitamente interrompido em todo o país.

A SIP denunciou o uso do monopólio estatal da Empresa de Telecomunicações de Cuba SA (ETECSA) para silenciar os jornalistas independentes.

As recentes manifestações “são um reflexo do cansaço dos cubanos com um governo que continua a acreditar que é dono da vida e do destino de seus cidadãos”, afirmou no comunicado Carlos Jornet, presidente do Comitê de Liberdade de Imprensa e Informação da SIP.

*EFE

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