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Oposição diz que Suprema Corte tenta validar fraude de Maduro

Tribunal alinhado ao chavismo atendeu pedido do ditador para fazer auditoria dos resultados do CNE

Thamirys Andrade - 03/08/2024 13h00 | atualizado em 06/08/2024 16h05

Nicolás Maduro Foto: EFE/ Miguel Gutiérrez

Após o ditador Nicolás Maduro pedir que a Suprema Corte confirme sua suposta vitória, o tribunal venezuelano solicitou que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) lhe apresente as atas de votação da eleição presidencial. A oposição, por sua vez, defende que essa análise não é de competência da Corte e que essa é mais uma tentativa do ditador de legitimar sua fraude, visto que o tribunal é alinhado ao regime chavista.

A solicitação pelas “atas de votação das mesas eleitorais em nível nacional” e a “ata de totalização definitiva” foi feito pela Sala Eleitoral da Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), no mesmo dia em que o CNE reafirmou Maduro como vencedor do pleito.

O órgão eleitoral sustenta que o ditador tenha acumulado 52% dos votos, contra 43% para o opositor Edmundo González Urrutia. Entretanto, segue ignorando os reiterados pedidos da comunidade internacional pelos dados que comprovam o resultado. A oposição, por outro lado, diz que, com base em contagem paralela, Urrutia venceu com 67% dos votos contra 30% do chavista.

Também nesta sexta (5), a corte máxima convocou os dez candidatos à Presidência, incluindo Urrutia, para uma auditoria eleitoral dos resultados solicitada pelo ditador. Caryslia Rodríguez, presidente do Tribunal, afirmou que “admite-se, assume-se e inicia-se o processo de investigação e verificação para certificar os resultados do processo eleitoral”.

Maduro alega que a Suprema Corte é a única entidade do país que possui autoridade para investigar os resultados alegados pelo CNE. Vários dias após o pleito, ele sustenta que seu partido tem todas as atas eleitorais e prometeu apresentá-las.

– Me submeti à Justiça e peço que a Justiça ache a verdade para que a paz seja estabelecida no país – assinalou.

Nicolás Maduro também defendeu a prisão dos líderes da oposição, María Corina Machado e González Urrutia. María disse ao jornal The Wall Street Journal que está escondida para evitar sua detenção.

Órgão de monitoramento internacional, o Centro Carter acompanhou as eleições venezuelanas e concluiu que o pleito não pode ser considerado democrático, porque “não atendeu aos padrões internacionais de integridade” e demonstrou “claro viés” em prol do regime chavista.

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