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Oposição apresenta provas de fraude eleitoral na Bolívia

Documento aponta que eleição teve diversas irregularidades

Paulo Moura - 07/11/2019 13h45

Carlos Mesa é o líder da oposição boliviana Foto: Reprodução

A plataforma opositora Comitê Nacional de Defesa da Democracia (Conade) da Bolívia apresentou nesta quarta-feira um relatório com provas das acusações de que houve fraude nas eleições de 20 de outubro a favor da reeleição do presidente boliviano, Evo Morales.

O documento, de 190 páginas, foi elaborado por profissionais bolivianos residentes no país e no exterior liderados pelo engenheiro de computação Edgar Villegas, segundo explicou à imprensa um representante do Conade, Manuel Morales Álvarez.

– É um documento completo, com registros de atas, análises estatísticas, matemáticas e informáticas de onde se descobre como foi feita a fraude – destacou.

Segundo ele, a fraude foi “um processo” ocorrido antes e durante as eleições, durante a transmissão dos resultados preliminares, quando a informação foi interrompida e retomada, e desde “o início da apuração até o término”.

Segundo o representante do Conade, esse documento inclui 19 indicadores como somas erradas nas atas, dados invertidos, atas em que o Movimento para o Socialismo (partido de Evo Morales) obtém mais votos do que os registrados para votar, situações irregulares como o registro de atas através de fotografias tiradas cinco dias antes do processo eleitoral.

De acordo com Álvarez, aqueles que inicialmente fizeram o relatório não tinham o objetivo de “encontrar uma fraude”, mas começaram a verificar “varrendo” os resultados preliminares e o cálculo oficial em que poderiam “descobrir todas essas irregularidades”.

– O sistema de segurança do órgão eleitoral foi penetrado por dentro, há registros de atas que desapareceram e reapareceram no sistema informático, e tudo isso documentamos e apresentamos ao povo boliviano – acrescentou.

O relatório foi divulgado nas redes sociais e deve ser enviado a organizações internacionais como as Nações Unidas, embaixadas no país e a Organização dos Estados Americanos (OEA), que tem na Bolívia uma equipe de especialistas trabalhando em uma auditoria eleitoral.

*Agência EFE

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