ONU afirma que rohingyas são vítimas de genocídio
Povo de origem muçulmana migra de Mianmar para Bangladesh por perseguições
Camille Dornelles - 27/08/2018 07h59 | atualizado em 27/08/2018 08h22
Desde meados do ano passado, o povo rohingya – também chamado de ruaingá – chama a atenção das entidades internacionais por causa das migrações em massa de Mianmar para Bangladesh, na Ásia.
Nesta segunda-feira (27), a Organização das Nações Unidas declarou que existem elementos de “genocídio intencional” na perseguição contra esse povo e que os responsáveis foram identificados e devem ser julgados em tribunal internacional.
Entre os criticados pela Missão Internacional de Investigação da ONU está o presidente de Mianmar, Aug San Suu Kyi. Segundo as autoridades, ele foi passivo e permitiu a perseguição desenfreada do povo muçulmano.
As acusações da ONU contra Mianmar se basearam principalmente em uma ação militar ocorrida em agosto de 2017.
– Os crimes cometidos no estado de Rakain, e a maneira na qual foram cometidos são similares na sua natureza, gravidade e alcance àqueles que permitiram estabelecer um genocídio intencional em outros contextos – afirmou em um relatório da ONU.
As investigações seguem agora sob responsabilidade do Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU.
*Com informações da Agência EFE
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