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Ex-presidente americano teria usado instituição como arma contra o eleito

Paulo Moura - 12/05/2020 09h58 | atualizado em 12/05/2020 10h07

Barack Obama Foto: CubaMINREX/Yenny Muñoa

Um termo mexeu com as redes sociais durante a segunda-feira (11) e deixou muitas pessoas se perguntando o que ele significaria. A expressão “Obamagate”, que ganhou fama na última semana após tweets do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, faz referência ao escândalo chamado Watergate, que culminou com a queda de Richard Nixon, em 1972.

Se no Watergate dos anos 70 o caso investigado foi a invasão do comitê democrata para obtenção de informações, envolvendo a ajuda de funcionários do FBI e da CIA, a denúncia exposta por Trump dessa vez envolve exatamente o contrário, e são os democratas, sob a batuta de Barack Obama, que teriam participado de um conluio para prejudicar o então candidato republicano Donald Trump.

Os detalhes, o Pleno.News te conta nas próximas linhas, acompanhe.

COMO A HISTÓRIA COMEÇOU
Em 2016, quando ainda fazia parte da equipe de transição do presidente eleito Donald Trump, o futuro conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Michael Flynn, conversou por telefone com o embaixador russo Sergey Kislyak. A conversa em questão foi interceptada pelo governo americano. Entre os assuntos estava a imposição de sanções econômicas contra a Rússia, que o então presidente Obama havia anunciado.

A ligação, que vazou por uma fonte do FBI, foi o estopim de uma investigação que tentou ligar Trump a supostas relações suspeitas com a Rússia, incluindo alegações de que o empresário teria vencido as eleições com auxílio de Vladimir Putin. Com isso, montou-se um conselho especial para investigar a acusação, obviamente, intensificada pelo Partido Democrata.

MAS O JOGO VIROU
Foi então que, após mais de três anos de investigações, um tribunal norte-americano retirou as acusações criminais contra Flynn, que hoje é ex-conselheiro de Segurança Nacional.

A acusação que pesava contra ele era o fato de ter mentido ao FBI sobre conversas feitas em 2016 com o diplomata russo Sergey Kislyak. O próprio Flynn chegou a confessar as conversas para a Justiça, mas, posteriormente, voltou atrás.

A reviravolta completa no caso aconteceu na última quinta-feira (7), quando relatórios do FBI informaram que o telefonema de Flynn em 2016 nada tinha a ver com interferências eleitorais.

Obama, então presidente, ciente da conversa entre o conselheiro e o embaixador da Rússia (agentes russos são rotineiramente monitorados pelo FBI e pela CIA) teria dito a aliados que possuía informações importantes.

À vice-procuradora da época, Sally Yates, Obama disse ter um resumo das conversas de Flynn e perguntou como poderia proceder com aquelas informações.

O então diretor do FBI, James Comey, que também esteve neste encontro, de acordo com os documentos em posse da Justiça norte-americana, foi quem investigou o início do caso, até ser demitido em maio de 2017.

– Obama estava numa conspiração para enquadrar meu cliente – disse a advogada de Flynn, Sidney Powell, à Fox News.

A advogada ainda declarou que seu cliente foi vítima de um complô envolvendo a gestão Obama.

– A coisa toda foi orquestrada e montada dentro do FBI – disse ela, ressaltando que agentes de segurança chegaram a visitar Flynn de forma casual, sem informar de que o encontro se tratava de uma investigação formal.

E O TAL CONLUIO DE TRUMP COM A RÚSSIA?
Segundo levantamento feito pela revista Oeste, ao todo, mais de 2 mil intimações foram feitas, 500 testemunhas ouvidas, 19 advogados contratados, 40 agentes de segurança do FBI ouvidos e 35 milhões de dólares (R$ 202 milhões) gastos.

Mas os únicos a lucrarem na história parecem ter sido os jornais anti-Trump. O Washington Post, por exemplo, publicou 1.184 reportagens sobre o caso, e o New York Times, 1.156 matérias.

A única coisa que todo esse “circo” montado não conseguiu provar é aquilo a que ele se propunha no início: a suposta ligação de Trump com o governo russo.

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